Agência VOA

24 de janeiro de 2017

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O novo porta-voz da Casa Branca Sean Spicer disse em sua primeira conferência de imprensa que o governo de Donald Trump está disposto a cooperar com a Rússia na luta contra os jihadistas do Estado islâmico (EI).

Ele acrescentou que o presidente dos Estados Unidos não tem a "prioridade" de deportar jovens sem documentação de permanência no país que chegaram aos Estados Unidos quando crianças (conhecidos como "sonhadores"), e que o ex-presidente Barack Obama concedeu permissão de permanecer no país.

O porta-voz também disse que Trump ainda está determinado a "construir um muro" na fronteira com o México e "está fazendo tudo que pode para instruir as agências e o Congresso para começar este trabalho o mais rápido possível", sem dar mais detalhes.

Em sua primeira conferência de imprensa, Spicer respondeu uma pergunta sobre a possibilidade de Trump acabar com a ordem executiva de Obama conhecido como DACA, que protegia os chamados "sonhadores", jovens imigrantes que estão em situação ilegal no paìs.


A primeira coisa que vamos fazer é instruir as agências para se concentrar naqueles {ilegais) que têm um registo criminal ou representam uma ameaça para o povo americano. Essa será a prioridade e, em seguida, vamos continuar examinando o que fazer com outras pessoas que estão aqui ilegalmente.

Sean Spicer

Com essa breve resposta, o porta-voz não descartou que Trump possa cancelar a ordem executiva de Obama que permitiu que aproximadamente 750.000 jovens imigrantes ilegais ter a garantia de que não serão deportados, embora sem regularizar a sua situação de imigração, algo que só poderia fazer o Congresso dos Estados Unidos.

No entanto, Trump pode acabar com o decreto de Obama e ainda assim não deportar os "sonhadores" que simplesmente perderiam a garantia de proteção que lhes deu a segurança e permitiu-lhes continuar sem receio de serem deportados em seus estudos e carreiras.

Depois de vencer as eleições em 8 de novembro, Trump disse que iria expulsar os que tem antecedentes criminais, cerca de três milhões, de um total de 11 milhões de imigrantes ilegais que ele prometeu expulsar durante a campanha eleitoral.

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