Agência VOA

Angola.

Adiamento deveu-se à ausência do general Filó, apontado como mandante no caso.

5 de fevereiro de 2015

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A sessão de julgamento do caso Cassule e Kamulingue marcada para esta quinta-feira, 5, foi uma vez mais adiada devido à ausência do declarante considerado fundamental para o desfecho deste processo, o general José Peres Afonso mais conhecido por General "Filó".

O referido General encontra-se na África do Sul em tratamento médico e, segundo uma nota das Forças Armadas, vai comparecer ao tribunal em 20 dias.

A sessão de hoje estava reservada às alegações finais dos advogados das vítimas, mas com a ausência do declarante o juiz foi forçado a remarcar a audiência para o dia 24 deste mês.

Para o advogado dos familiares das vítimas, David Mendes, a presença do general Filó pode ser fundamental para esclarecer algumas zonas cinzentas do processo.

"Vamos esperar que uma vez mais que o General Filó se faça presente porque é um declarante relevante por ter sido sempre citado como sendo o autor da ordem para acabar com Cassule”, explica Mendes, para quem, também, “ficou patente que o Comité Provincial do MPLA tem um grupo criado para este fim: atacar as pessoas, arrombar as sua casas e até matar como fizeram com Cassule"

Numa coisa os advogados de defesa, Benja Satula, e de acusação, David Mendes, estão de acordo: apesar de mais um adiamento este julgamento pode ficar concluído dentro de um mês.

Para além do declarante principal, o general Filó, há um segundo declarante ausente, Alberto Santos, mas que na visão dos advogados não é tão importante para o processo como o primeiro.

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