3 de dezembro de 2014

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A organização Transparência Internacional (TI) publicou nesta quarta-feira o Índice de Percepção da Corrupção 2014, que outorgou uma vez mais as melhores notas globais a Dinamarca, Nova Zelândia e Finlândia, enquanto a Somália, Coreia do Norte e Sudão são colocados na última lugares no ranking.

O Índice de Percepção de Corrupção medido em uma escala de zero (muito corrupto) a 100 (ausência de corrupção), os níveis de percepção de corrupção no setor público, empregado para sondagens a analistas e empresas. O relatório do organismo, com sede em Berlim (Capital da Alemanha), revelou que a corrupção na América Latina já se manteve estagnada, ou seja, foram registrados nenhum progresso perceptível ou retrocessos notórios.

Índice de Percepção de Corrupção de 2013.
Imagem: Ruben.2196.

"O que não haja grandes mudanças não é uma boa notícia", disse o diretor regional para as Américas da Transparência Internacional, Alejandro Salas, comparando a situação na região neste ano em relação a 2012 e 2013. Por sua parte, José Ugaz nomeado em outubro TI presidente, afirmou que a situação na América Latina é "lamentável, porque demonstra que os governos têm feito pouco para começar a afrontar este problema com integridade".

No ranking de 175 países, Uruguai e Chile (ambos na posição 21) são os países latino-americanos melhores posicionados. Atrás deles, seguido Porto Rico (posição 31), Costa Rica (posição 47), Cuba (posição 63), Brasil (posição 69), El Salvador (posição 80), Peru (posição 85), Colômbia e Panamá (ambos na posição 94), Bolívia e México (ambos na posição 103) e Argentina (posição 107).

Continuam Equador (posição 110), República Dominicana e Guatemala (ambos na posição 115), Honduras (posição 126) e Nicarágua (posição 133). Finalmente, o Paraguai (posição 150) e Venezuela (posição 161), considerados os países mais corruptos da América Latina, onde as instituições são fracas e não há um domínio do poder político, disse Salas. Em contraste, Chile e Uruguai, as nações menos corruptos da região, contas com as instituições mais fortes e a polícia mais confiáveis. "A pontuação média de 40 significa que a corrupção é sistemática, é muito impregnada no estado", explicou Salas sobre a América Latina.

Honduras foi a melhoria mais evidente, pois marcou 14 pontos a mais que na edição anterior. No entanto, o país continua ao inferior da tabela. A maior queda foi a do Equador, que perdeu oito pontos. O índice mede como do corrupto é percebido o setor público mediante estudos comparativos. Destaca-se que 69% dos países suspendem em transparência.

"Quando o sistema político e legal [jurídico] de um país não atua com a suficiente rapidez e eficácia como para pôr fim aos comportamentos corruptos, sanciona-los [punir] e estabelecer precedentes legais para o futuro", alertou Ugaz. TI já recomendou à União Europeia e os Estados Unidos (posição 17) a atuar mais decididamente para lutar contra a corrupção de suas empresas nos países em desenvolvimento.

Entre as grandes potências, além dos Estados Unidos na posição 17, se encontram Alemanha e Reino Unido na 12, Japão na 15 e mais distante, Índia na 85, China e Rússia, no 100 e no 136. Por outro lado, Espanha (posição 37) se coloca no meio da classificação europeia. O estudo demonstra "que quando os líderes e funcionários de alto cargos abusam de seu poder e apropriam de fundos [recursos] públicos para benefício pessoal, socava-se o crescimento econômico e os esforços para frear a corrupção desaparecerem", disse Ugaz.

Notícia Relacionada

Fontes