Agência Brasil

20 de janeiro de 2017

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O mexicano Joaquín Guzmán, "El Chapo", foi extraditado na noite de ontem (quinta-feira, 19) pelo governo do México aos Estados Unidos. Até ser recapturado, era um dos mais poderosos traficantes do país e chefe do cartel de Sinaloa. A notícia da deportação foi divulgada em um comunicado da Secretaria de Relações Exteriores do México. A extradição ocorreu na véspera da mudança de governo nos Estados Unidos, prevista para hoje.

Tribunais dos Estados americanos de Texas e da Califórnia já haviam requerido a extradição ao governo de Enrique Peña Nieto. Nos Estados Unidos, ele é acusado de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Joaquín "El Chapo" ganhou destaque quando, em julho de 2015, fugiu do presídio Altiplano (de segurança máxima). Ele cavou túnel de 1,5 metro de extensão para sair da cela. Na época, a mídia mundial repercutiu o caso e, internamente, levantou-se a hipótese de que ele teria fugido com a conivência de policiais, uma vez que as câmeras de segurança registraram o momento da saída e sua ausência só foi percebida 18 minutos depois.

A fuga de El Chapo foi bastante negativa para o governo mexicano, com os rumores de que o traficante tinha ligações com pessoas do alto escalão governamental. Após a fuga, o presidente Peña Nieto pôs a captura do narcotraficante na lista de prioridades do país. Ele foi recapturado em janeiro de 2016. após uma denúncia.

Nos Estados Unidos, a imprensa repercute a ocasião da extradição (na véspera da posse de Donald Trump, mas ainda com o presidente Barack Obama à frente da Casa Branca).

Trump tem tomado medidas desfavoráveis aos mexicanos. O presidente eleito disse que a construção do muro que pretende fazer para separar a fronteira deverá ser paga pelo governo mexicano.

Além disso, Trump trabalha com empresas multinacionais da área automotiva para que abandonem planos de expansão na região, sob ameaça de sobretaxar os carros produzidos fora do território norte-americano.

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