14 de fevereiro de 2015

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As autoridades da Dinamarca haviam informado que uma pessoa de 40 anos de idade perdeu a vida e três policiais ficaram feridos durante um tiroteio durante um debate sobre blasfêmia e liberdade de expressão realizado contra frente do prédio localizado em Copenhague, a capital dinamarquesa.

Os tiros foram ouvidos do lado de dentro e fora desse edifício, onde era celebrado um café-centro cultural da capital, organizado para um debate sobre o Islã e a liberdade de expressão, o tema da «arte, blasfêmia e liberdade de expressão», que entre os participantes, estavam um historiador e caricaturista da Suécia e o embaixador da França na Dinamarca.

A quantidade de disparos não é muito clara. De acordo com a mídia local (a imprensa dinamarquesa), dois homens armados realizaram esse ataque entre 30 (trinta) a 40 (quarenta) tiros, depois subiu para 50 (cinquenta) por conta do relato de embaixador da França (presente no local) e depois para 200 (duzentos) das forças policiais.

Segundo autoridades policiais, o autor ou autores dos disparos conseguiram escapar e está sendo procurado pela polícia, ele estava vestido de preto e falando dinamarquês. Após os disparos, eles deram à fuga em um automóvel preto Volkswagen Polo, que horas depois, esse carro com essa características, foi encontrado mais tarde no bairro de Østerbro. Segundo BBC Mundo, a zona do café Krudttoenden, foi cercada pela polícia e foi dada à procura dos agressores.

No debate, participaram Lars Vilks (historiador e caricaturista da Suécia) e François Zimeray (embaixador da França na Dinamarca). Ambos escaparam ilesos, informou em comunicado a policia local. Vilks alcançou a fama em 2007 ao retratar Maomé como um cachorro. Desde então recebeu ameaças de morte. Em 2010, as autoridades irlandesas arrestaram as sete pessoas suspeitas de planejar o assassinato de Lars.

Minutos após os ataques, o embaixador da França na Dinamarca, François Zimeray, usou a conta da rede social micro-blogging Twitter para comunicar o ataque à tiros e que tinha escapado ileso. No momento do tiroteio realizado, falava o embaixador Zimeray, que declarou à AFP que o tiroteio teria "a mesma intenção que [o atentado contra] Charlie Hebdo".

Intuitivamente, [eu] diria que houve pelo menos 50 disparos, mas a polícia [presente] afirma que foi 200. As balas já atravessaram as portas e todo o mundo foi-se jogando ao chão.

François Zimeray, embaixador da França para a Dinamarca.

O Quai d'Orsay (como é conhecido pelos franceses ao Ministério das Relações Exteriores francês) confirma que houve outros ferimentos graves, incluindo três policiais dinamarquesas que forneceram segurança no evento em que estava o embaixador francês.

Reações

O presidente da França, François Hollande, expressou em comunicado "toda à solidariedade" com Dinamarca ao ataque:

[Venho a] expressar ao primeiro-ministro da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, toda à solidariedade da França neste evento [infeliz]".

François Hollande, presidente da França.

O chefe de Estado francês também disse nesse comunicado que ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve viajará à Copenhague "com a maior brevidade". Por último, confirmou à imprensa que o embaixador escapou ileso do ataque.

Para a chefa do governo dinamarquês, Helle Thorning-Schmidt, o tiroteio foi um "ato terrorista":

A Dinamarca foi atingido hoje por um ato cínico de violência. Todas as indicações são de que o tiroteio foi um ataque político e, portanto, um ato terrorista.

Helle Thorning-Schmidt, Chefa de Governo da Dinamarca.

Fontes