Agência VOA

Timor Leste • 24 de agosto de 2009

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Ciclistas de 10 países participam na primeira competição de sempre de Volta a Timor Leste em cinco dias através da nação insular do Sudeste Asiático. A corrida coincide com os festejos do décimo aniversário da independência do Timor Leste, ex-colónia portuguesa, posteriormente anexada pela Indonésia.

O Presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, esteve presente na cerimónia da abertura da Volta a Timor, 350 quilómetros em bicicleta, numa volta através da nação insular:

"Esperamos que todos regressem sãos e salvos, sem braços ou pernas partidas, arranhões ou desidratação, e que todos ganhem nesta corrida pela paz… a Volta a Timor."

O presidente timorense espera que a corrida vá demonstrar o progresso que o Timor Leste realizou na construção da paz e segurança durante a década desde a sua independência da Indonésia.

Erica Collins, da Austrália, participa na corrida em que concorrem 270 ciclistas, de 10 países. Erica visitara o Timor Leste uma vez desde a independência. Desta feita, porem, regressou para ver o progresso que uma nação de apenas um milhão de habitantes tem realizado desde então.

"Gosto disto…é tudo muito diferente desde que estive aqui a primeira vez…sim, senhor…isto é grandioso…a sua gente é também fantástica…vai ser uma corrida difícil, mas divertida…espero que sim."

A corrida de cinco dias leva os ciclistas através de estradas poeirentas, leitos de riachos e rios secos, colinas e vales através das florestas, finalmente, descidas pelos arrozais e plantações de café. O troço mais difícil será o do quarto dia, quando os concorrentes tiverem que vencer subidas íngremes de cerca de 2000 metros de altitude.

Antes da independência, a ex-colónia portuguesa, anexada pela Indonésia, enfrentou um período árduo de luta separatista, levada a cabo por milícias pro-indonésia, até o advento das forças internacionais que se interpuseram depois do voto.

Desde a independência as notícias continuaram ainda a não ser muito boas no Timor Leste, acentuadas sobretudo pelas dificuldades de carácter económico e de conflitos internos, tendo as Nações Unidas, subsequentemente, estacionada uma unidade de 1.500 homens para assegurar a paz no país independente.

Mas Francelina Marques Cabral, a única mulher leste-timorense a qualificar na corrida, disse que a competição acentua o lado positivo do seu país.

"É uma boa oportunidade para pessoas doutros países poderem vir aqui e verem por si próprias a forma como estamos a desenvolver o pais e compreenderem ao mesmo tempo que temos boas relações com os outros países…uma oportunidade para nos também aprendermos deles…é um ponto importante."

E a corrida começa, orçada em 75.000 dólares de prémio ao vencedor.

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