3 de novembro de 2020

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Cinco pessoas morreram até agora após um ataque terrorista perpetrado ontem à noite em Viena, capital da Áustria. Entre elas há quatro civis - dois homens e duas mulheres - e o próprio atirador, um jovem de 20 anos chamado Kujtim F que já havia cumprido pena por ligações com o Estado Islâmico (ISIS). Segundo o jornal Wiener Zeitung, ele havia sido "condenado a 22 meses de prisão em 25 de abril de 2019 por tentar viajar para a Síria para ingressar no ISIS", mas acabou solto, em condicional, em dezembro passado, por uma lei que beneficia jovens adultos presos.

O terrorista, que tinha cidadania austríaca e da Macedônia do Norte, usou uma arma longa automática (rifle), uma pistola e um facão para atacar os transeuntes.

Dezessete (17) pessoas estão hospitalizadas, sete delas em estado grave, vítimas de tiros e facadas. Entre elas está ao menos um policial.

Investigações continuam

A polícia austríaca já realizou diversas buscas, prendendo ao menos 15 pessoas para investigações.

Na hora do ataque, que aconteceu em Morzinplatz, perto de uma sinagoga, ao menos outros cinco ataques ocorreram em sequência em áreas próximas, locais que estão sendo vasculhados pelos policiais.

Antecedentes

O ataque aconteceu duas semanas após um professor francês de História ter sido decapitado por um extremista islâmico checheno depois de ter mostrado durante uma aula as charges do profeta Maomé divulgadas pelo jornal Charlie Hebdo, que posteriormente foi atacado por extremistas.

O presidente francês Emmanuel Macron condenou fortemente o ato terrorista e falou que mostrar as charges era exercer o direito à liberdade de expressão, o que causou protestos populares em diversos países islâmicos.

Dias atrás, três pessoas, incluindo uma brasileira, foram mortas à facadas na Basílica Notre-Dame de Nice, também na França, ainda como possível retaliação ao fato do professor ter mostrados as charges e às falas de Macron.

Autoridades de todo mundo têm condenado os ataques, dizendo que não há justificativas para uma escalada no terrorismo. Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha, postou em seu Twitter logo após o ataque em Viena ontem à noite que este era "um novo ataque sem sentido. O ódio não dobrará nossas sociedades. A Europa permanecerá firme ante o terrorismo".

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Fontes