5 de dezembro de 2020

Furacão Iota, o último e um dos mais intensos, que chegou a categoria 5, a mais alta existente
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A mais ativa de todas as temporadas, a temporada de furacões no oceano Atlântico de 2020, chegou ao fim. A NOAA-NHC já havia feito um anúncio no dia 24 de novembro passado, porém, reportado que, embora a temporada oficial de furacões terminasse em 30 de novembro, as tempestades tropicais poderiam continuar a se desenvolver após esse dia.

No entanto, desde o dia 18 de novembro, após a extinção do Iota, não houve fenômenos importantes nesta parte do Atlântico, o que significa que a temporada, claramente, encerrou.

Com um recorde de 30 tempestades nomeadas, das quais 12 atingiram os Estados Unidos, a perspectiva de uma temporada acima do normal havia sido prevista pela NOAA em maio passado.

Resumo

No total, a temporada de 2020 produziu 30 tempestades nomeadas (ventos sustentados mínimos de 60km ou 39 mph), das quais 13 se tornaram furacões (ventos sustentados mínimos de 119km/k ou 74 mph), incluindo seis grandes furacões (ventos sustentados mínimos de 178km ou 111 mph). Este é o maior número de tempestades já registradas, ultrapassando as 28 de 2005, e o segundo maior número de furacões já registrado.

A temporada de 2020 entrou num ritmo acelerado precocemente, com um recorde de nove tempestades nomeadas de maio a julho, e então esgotou rapidamente a lista de 21 nomes para a temporada deste ano no Atlântico, quando a tempestade tropical Wilfred se formou em 18 de setembro. Com isto, pela segunda vez na história o alfabeto grego foi usado para dar nome ao restante das tempestade, estendendo-se até o nono nome da lista, Iota.

No total, estima-se que os fenômenos tenham causado mais de 41 bilhões de dólares de prejuízos aos países atingidos, das ilhas colombianas de Providencia e San Andrés ao Canadá Atlântico e da Costa Leste dos Estados Unidos ao Oeste de Portugal.

Um total de 436 pessoas morreram devido as tempestades.

Anormalidade

Este é o quinto ano consecutivo com uma temporada de furacões no Atlântico acima do normal, com 18 temporadas acima do normal nos últimos 26. Este aumento é atribuído à fase quente da Oscilação MultiDecadal do Atlântico (AMO) - que começou em 1995 - e tem favorecido tempestades mais fortes e mais duradouras desde então. Essas eras ativas de furacões no Atlântico duraram, historicamente, cerca de 25 a 40 anos. Uma temporada média tem 12 tempestades nomeadas, seis furacões e três grandes furacões.

“Como previmos corretamente, um conjunto inter-relacionado de condições atmosféricas e oceânicas ligadas ao AMO quente esteve novamente presente este ano. Isso incluiu temperaturas da superfície do oceano Atlântico mais altas que a média e uma monção mais forte da África Ocidental, junto com cisalhamento vertical do vento muito mais fraco e padrões de vento vindos da África que eram mais favoráveis ​​para o desenvolvimento de tempestades. Essas condições, combinadas com o La Niña, ajudaram a tornar possível essa temporada de furacões recorde e extremamente ativa ”, disse Gerry Bell, Ph.D, responsável pela previsão de furacões sazonais do Centro de Previsão do Clima da NOAA.

Curiosidades

  • Esta foi apenas a segunda vez na história que o alfabeto grego teve que ser usado para nomear os ciclones;
  • No final de agosto, Laura atingiu a Luisiana como um furacão categoria 4, tornando-se o mais forte ciclone tropical já registrado em termos de velocidade do vento a atingir a costa da Luisiana desde o Furacão Last Island de 1856;
  • Setembro foi o mês mais ativo já registrado no Atlântico, com dez tempestades nomeadas, começando com o Furacão Nana, que atingiu Belize como um furacão de categoria 1, e terminando com o a tempestade subtropical Alpha, que atingiu Portugal;
  • A Colômbia foi afetada por um furacão de categoria 5 pela primeira vez, o Iota;
  • 2020 foi a única temporada com dois grandes furacões [de categoria 3 ou mais] num mês de novembro, o Eta e Iota.

Referências

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Fontes

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