Brasil • 27 de março de 2015

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O vice-presidente da República, Michel Temer, lamentou hoje (27) que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) tenha representado uma pausa no crescimento econômico em 2014. “O ideal [seria] que não houvesse essa pausa. Mas, muitas vezes, ela é exatamente para engatar de novo e sair em alta velocidade. Agora, como preguei aqui para empresários, o que devemos fazer é manter o otimismo”, disse Temer, após palestra sobre reforma política, no Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

A economia brasileira cresceu 0,1% no ano passado, na comparação com o ano anterior. O PIB fechou o ano em R$ 5,52 trilhões, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para Temer, o ano é reflexo de dificuldades passageiras. “Você sabe que o Brasil está passando por algumas dificuldades, que estão sendo superadas precisamente em face da atuação do governo. Você tem todos esse ajustes que, embora pareçam restritivos, na verdade visam a obter uma economia saudável ainda neste ano de 2015. Preocupa? Claro que preocupa, mas é superável. Claro que é.”

Durante a palestra no Secovi-SP, Temer relatou que tem dialogado com a oposição no Congresso Nacional para negociar prováveis mudanças na Medida Provisória (MP) 672/2015, que trata da política de reajuste do salário mínimo de 2016 a 2019, que receberá emendas até a próxima terça-feira (31). “Há poucos dias, liguei para os companheiros da oposição e disse que temos de fazer distinção entre governo e Estado. Se é governo, não me atrevo a ligar, porque tenho de respeitar a oposição ao governo. Mas esta é uma questão de Estado”, afirmou Tener. Ele disse esperar a aprovação da MP, mas ressaltou que deve obediência às decisões do Legislativo.

O vice-presidente negou que o governo esteja batendo de frente com o PMDB. “Os projetos do governo têm sido aprovados pelo Congresso Nacional. O que tem acontecido é que o Congresso está colocando uma pauta própria. Aí eu concordo que é muito natural. Acabei de dizer: governo governa com apoio do Legislativo. Agora, os temas do governo, embora muito debatidos e, às vezes, até aperfeiçoados pelo Congresso Nacional, têm sido aprovados. Não há nenhum embaraço em relação a isso.”

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