15 de julho de 2020

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O celular do presidente do Parlamento da Catalunha, Roger Torrent, foi submetido a um ataque cibernético usando spyware. Como o WhatsApp alertou o político, os criminosos usaram o software fornecido principalmente aos governos para rastrear criminosos e dissidentes.

Segundo o The Guardian e El País, os operadores de spyware exploraram uma vulnerabilidade descoberta anteriormente no WhatsApp, permitindo o acesso potencial a todos os dados no celular da vítima, incluindo e-mail, mensagens de texto e fotos.

Segundo Torren, "o suposto ataque cibernético ao telefone" é obra do "Estado espanhol". Juntamente com o telefone de Torren, os dispositivos de outros dois apoiadores da independência da região também foram invadidos.

Representantes do WhatsApp acreditam que os ataques ocorreram durante o período de duas semanas, de abril a maio de 2019, quando um total de 1,4 mil usuários foram supostamente atacados por um spyware da empresa israelense NSO Group.

“Parece errado que os políticos sejam monitorados em uma democracia e no estado de direito. Também me parece imoral gastar enormes fundos do governo na compra de software, que é usado como uma ferramenta para perseguir dissidentes políticos”, comentou Torren sobre a situação.

Representantes do Centro Nacional de Inteligência da Espanha disseram em comunicado que agem “em total conformidade com o sistema legal e com absoluto respeito às leis aplicáveis” e que o trabalho da agência é controlado pelo Supremo Tribunal de Espanha.

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