Agência Brasil

11 de julho de 2008

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O ministro da Justiça, Tarso Genro, negou que a Polícia Federal tenha monitorado o gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e classificou a denúncia de “absurda”.

Nota publicada hoje (11) no jornal Folha de São Paulo afirma que o gabinete da presidência do STF foi monitorado a pedido do juiz Fausto de Sanctis.

Na noite de quarta-feira (9), Gilmar Mendes concedeu habeas corpus ao banqueiro Daniel Valente Dantas, um dos presos durante a Operação Satiagraha, realizada pela Polícia Federal. Ontem (10), o banqueiro teve a prisão decretada novamente pelo juiz Fausto de Sanctis.

“Conversei com o juiz hoje pela manhã, que me falou que isso é um absurdo, conversei com o ministro Gilmar, e pedi que o Luiz Fernando [Corrêa, diretor-geral da Polícia Federal] colocasse a PF à disposição do ministro para investigar”, afirmou o ministro.

Segundo Tarso Genro, legalmente um juiz federal não poderia determinar o monitoramento de um ministro do Supremo, só outro ministro da Corte poderia.

“Se eventualmente, [um juiz] determinasse o [monitoramento], a PF não cumpriria, porque seria uma ordem ilegal. Tem alguém, a soldo de alguém, plantando provavelmente uma intriga”, disse o ministro.

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