28 de junho de 2023

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Quase trinta (30) casos de sarna (ou escabiose) foram identificados entre os mais de 200 afegãos que atualmente vivem acampados no aeroporto de Guarulhos. Os migrantes vivem no local à espera do visto temporário e de residência por razões humanitárias autorizados numa Portaria Interministerial em setembro de 2021.

Voluntários das ONGs Coletivo Frente Afegã e Além-Fronteiras e representantes da prefeitura de Guarulhos visitam o local com frequência, mas de acordo com o prefeito Henric Costa, a cidade não tem estrutura suficiente para atender os afegãos e as 177 vagas para acolhimento já estão lotadas. "A gente precisa que o governo federal, mais do que tudo, lidere a interiorização desses afegãos, para que consigamos mandar 10, 20 ou 30 afegãos para outras cidades grandes", disse Costa.

"Foram concedidos mais de 11 mil vistos humanitários e a maioria deles entra por Guarulhos. Mas Guarulhos não consegue dar conta sozinho. Não é nossa obrigação constitucional, mas é nosso dever estender a mão. No entanto, estamos começando a ficar com os braços curtos e quase de mãos atadas porque é muita gente, falta recurso", adicionou o prefeito, que quer que Guarulhos seja reconhecida como cidade fronteira a fim de estabelecer políticas públicas permanentes no acolhimento de refugiados.

No aeroporto, os migrantes relatam dificuldades diversas, que vão desde não terem atendimento em caso de ficarem doentes à falta de lugar para lavar roupas e tomar banho. A lingua também é um impedimento, inclusive no tratamento de doenças. No caso da sarna, muitos afegãos não fizeram o tratamento corretamente porque não entenderam as orientações dos médicos.

Fontes