9 de junho de 2021

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Agência VOA

Organizações não-governamentais que operam na região sul de Angola, receiam que a seca possa ter deixado centenas de crianças em situação de vulnerabilidade dando lugar a casos de má nutrição, por isso, pedem que o governo proceda imediatamente à avaliação da situação.

Na província da Huíla são já alarmantes os relatos de casos de má nutrição que chegam das zonas mais fustigadas pela seca.

Ângelo Kapwacha, ativista das organizações da sociedade civil, lembra ser importante que se atualizem os números da má nutrição no sul de Angola para se saber ao certo o que se passa.

“Se recomenda que o Estado elabore o mais urgente possível um diagnóstico rural participativo envolvendo as ONG´s, as igrejas, as autoridades tradicionais e outros actores importantes a nível local para então se ter uma fotografia real clara que permita então a elaboração das políticas públicas na base da realidade das comunidades”, disse Kapwacha.

O Governo da Huíla admite que o quadro da má nutrição em crianças nas áreas arrasadas pela seca possa ser preocupante e diz estar a trabalhar no diagnóstico da situação.

“Neste momento estamos numa fase em que as opções não são muitas, o que faz com que a gente tenha que aprimorar os nossos instrumentos de diagnóstico na comunidade para podermos salvaguardar as consequências dessa estiagem e não deixar ter números piores”, disse a directora do gabinete provincial da Saúde da Huíla, Luciana Guimarães.

Há cerca de dois meses, organizações da sociedade civil pediram ao Governo de Angola que declare estado de emergência no sul do país para permitir o acesso à ajuda internacional.

Fonte

VOA Português. Subnutrição infantil na Huíla causa alarme — Voz da América, 9 de junho de 2021