Agência VOA

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7 de dezembro de 2011

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A agência de classificação (ou rating) Standard & Poor's advertiu na terça-feira, que poderá degradar a solvência do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), encarregado de resgatar a quebra aos países mais golpeados pela crise da dívida na zona do euro (eurozona). Na véspera, Standard & Poor's havia posto sob vigilância por suas perspectivas negativas a classificação de crédito de 15 dos 17 nações que utilizam o euro como moeda, incluídas Alemanha e França. O anúncio acentua as pressões sobre os líderes europeus que se reúnem na cúpula da quinta e sexta-feira em Bruxelas (Bélgica) em busca de respostas convincentes à crise que havia posto à bordo do abismo a Eurozona.

A agência disse que decidiria no prazo de 90 dias, se cortar o classificação (rating) do crédito "AAA" de que goza o FEEF, em um ou duas escalas, logo depois de determinar se degrada (rebaixar) a nota da dívida de alguns dos países do bloco.

Uma degradação das notas soberanas de quase a totalidade dos países da zona euro teria um grande impacto negativo na economia mundial, já sinalizam numerosos especialistas.

Como se isso fosse pouco, se sucedesse o mesmo com o FEEF, que dispõe 591 mil milhões (ou 591 bilhões) de dólares em capital de resgate, encareceria enormemente o custo dos empréstimos destinados aos países mais afogados pela dívida.

Já têm sido três as nações na Eurozona: Grécia, Portugal e Irlanda, as que têm necessitado dos planos de resgates e os analistas temem que a Itália e Espanha, que são a terceira e quarta economias em tamanho da zona, também poderão requirir-los.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, viajou ao velho continente (Europa) para se reunir com a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, para advertir que mais dilações em atuar decisivamente poderão pôr em perigo a economia mundial, incluindo a estadounidense.

Integrantes europeus criticaram o comportamento da Standard & Poor's porque em sua visão, ignora os esforços já em marcha para a cúpula desta semana em Bruxelas.

Segundo o governador do Banco Central austríaco e membro do conselho de governadores do BCE, Ewald Nowotny, o momento escolhido pela agência classificadora para dar a conhecer sua decisão tem uma matiz "claramente política".

Na segunda-feira, a chanceler Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy revelaram um plano para aumentar os controles sobre o gasto fiscal dos governos e propuseram a adopção de um "novo tratado" europeu para os 27 países da União Europeia ou caso contrário, ao menos para os 17 da Eurozona euro.

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