24 de dezembro de 2022
As autoridades somalis negam que um membro do gabinete presidencial tenha feito ligações para vários meios de comunicação ordenando que enviassem conteúdo para revisão.
A imprensa relatou que, pelo menos quatro agências de notícias, disseram ter recebido tais ligações de uma pessoa que se identificou como Abdikadir Hussein Wehliye. A pessoa que ligou alegou ser do escritório presidencial.
“Em primeiro lugar, não há ninguém com o nome de Abdikadir Hussein Wehilye que trabalhe no Gabinete de Comunicação do Presidente e, em segundo lugar, não há ninguém com esse nome autorizado a falar com a mídia em nome do Gabinete de Comunicação do Presidente ou qualquer outro departamento”, disse Abdikadir Dige, diretor de comunicações, em um e-mail à VOA na noite de sexta-feira.
O Sindicato dos Jornalistas da Somália disse na época que pelo menos sete meios de comunicação receberam a mesma ligação.
Um representante do Sindicato dos Jornalistas da Somália disse que um porta-voz do gabinete presidencial, que pediu para não ser identificado, confirmou que uma diretiva foi feita e que a “ordem veio de cima”.
Dige, em um e-mail para o jornal VOA na manhã de quinta-feira, negou que qualquer diretiva desse tipo tenha sido emitida por seu escritório ou por qualquer outra parte do governo.
O relatório da AP na sexta-feira também disse que a polícia no estado central de Hirshabelle deteve quatro funcionários da mídia por causa da cobertura dos ataques do al-Shabab em áreas rurais.
O editor-chefe da Rádio Hiiraanweyn, Mustaf Ali Adow, e três outros foram detidos na quinta-feira e a estação foi retirada do ar, informou a AP.
Fontes
- ((en)) Redação. Person Calling Media Outlets With Censorship Orders Was Not Government Official, Somalia Says — Voz da América, 24 de dezembro de 2022
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