Agência Brasil

Brasília, Distrito Federal,Brasil • 4 de agosto de 2009

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A crise no Senado não será resolvida com a saída de José Sarney (PMDB-AP) da presidência da Casa, disse ontem o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RO). “Não temos que sacrificar o presidente Sarney. A solução para a crise do Senado não é o sacrifício dele nem de ninguém, mas a mudança de procedimentos.” Sarney está sendo pressionado a deixar o cargo por parlamentares oposicionistas e até alguns da base aliada do governo.

No retorno dos trabalhos legislativos, Jucá tentou amenizar o clima tenso entre PMDB e PSDB após os tucanos terem apresentarem três representações contra Sarney no Conselho de Ética do Senado. Para ele, não se pode radicalizar nem transformar a crise em “bate-bate”. “Temos que ter maturidade política e acalmar os ânimos.”

Em relação à nota do PMDB, divulga anteontem (2), na qual a sigla afirma que os dissidentes podem deixar a legenda o quanto antes, Jucá disse que é preciso separar as questões partidárias e a crise no Senado.

“Cada um trabalha em seu estilho e tem sua circunstância política. Tem gente que gosta de incendiar, outros de ser bombeiro, tem gente que surfa na crise e os que desaparecem. Temos que ter tranquilidade e, apesar dos estilos, preservar a Casa, independentemente das opiniões políticas de cada um”, argumentou.

Na nota, o PMDB afirma que o partido ganhará com a saída dos descontentes. “O PMDB acata com humildade o descontentamento de alguns poucos integrantes que perderam espaço político e apostaram na fama efêmera oriunda de acusações vazias. E faz isso porque acredita piamente na democracia. A estes, o recado: podem deixar a legenda o quanto antes sem risco algum de perder o mandato. Ganharão eles, porque deixarão de pertencer ao partido do qual falam tão mal, e ganhará o PMDB, por tornar-se ainda mais coeso e musculoso”, diz um trecho da nota.

Apesar de não citar nomes, o documento foi endereçado aos senadores Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE). Simon reagiu à nota e disse que não pretende deixar o partido.

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