Colômbia • 5 de maio de 2005

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Dois soldados dos Estados Unidos da América foram capturados nesta terça-feira, a 80 km a sudoeste de Bogotá, na Colômbia, acusados da venda clandestina de armas à facção anti-comunista das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) que opera na região de Magdalena Meio, no centro do país.

A captura foi confirmada pela embaixada dos Estados Unidos em Bogotá e pelo general Jorge Daniel Castro, diretor da Polícia Nacional, que relatou o sucedido: "A Polícia encontrou um veículo suspeito e foi ordenado para ele parar. Então, apareceu uma pessoa que ofereceu dinheiro aos policiais. A atitude ilegal e suspeita os conduziu a um condomínio de recreio, onde encontraram uma grande quantidade de munições, de diferentes calibres, ao todo 32.900 cartuchos e outros artefatos.“ Segundo o general, dois estrangeiros americanos, que não deram uma explicação para a permanência deles no lugar, foram presos em flagrante.

Castro manifestou igualmente que três colombianos estão envolvidos e que uma testemunha, que seria um sargento aposentado do Exército, teria servido como ligação com os grupos paramilitares.

Os soldados são Alan Norman Tanguarcy e Jesús Hernández. Os colombianos capturados são Carlos Julio Walteros, Juan Carlos Arenas, Gabriel Aguilar García e Gustavo Adolfo Gil.

Esta é a terceira vez, a segunda em um mês, que soldados norte-americanos se encontram envolvidos em supostas atividades ilícitas na Colômbia. Em 29 de março, cinco soldados foram presos nos EUA acusados de transportar 16 kg de cocaína num avião militar estadounidense proveniente da Colômbia. Há um outro militar envolvido numa investigação de assassinato de dois soldados colombianos, em agosto de 2004.

Os soldados gozam de imunidade em virtude de um tratado assinado entre a Colômbia e os EUA, em 1962, e ratificado em 1974 e no ano 2000.

Desde o ano 2000, os EUA já investiram cerca de 3 bilhões de dólares como ajuda para os programas antidrogas e antiterrorista, parte do chamado Plano Colômbia. O país sulamericano é, depois do Egito e Israel, a nação que recebe mais ajuda dos Estados Unidos.

Fontes