29 de abril de 2022

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O grupo de liberdade de imprensa Repórteres Sem Fronteiras (RSF) colocou os sites de duas grandes emissoras francesas novamente online no Mali, depois que o governo militar do país retirou as emissoras do ar em março e as baniu oficialmente das ondas do Mali nesta semana.

A RSF colocou os sites online novamente na quinta-feira, criando espelhos dos sites que podem ser acessados ​​no Mali e são atualizados em tempo real.

O uso de uma rede privada virtual era anteriormente a única maneira de acessar esses sites no Mali desde que o governo militar os bloqueou.

Arnaud Froger, chefe do escritório da RSF África, disse que a ação faz parte do trabalho da organização em prol da liberdade de imprensa.

Ele disse que a RSF está colocando sites de mídia proibidos novamente online desde 2015, até agora tendo disponibilizado 47 em 24 países, mais recentemente na Rússia.

“É basicamente restaurar seu direito de acesso a informações que foram injustamente negadas por essa censura”, disse Froger.

Na quarta-feira, a France Medias Monde, empresa-mãe da RFI e da France 24, disse ter sido notificada da decisão da Alta Autoridade de Comunicação do Mali de proibir definitivamente as duas estações no país.

A Alta Autoridade de Comunicação é o órgão regulador da comunicação no Mali, cujo site diz que sua principal missão é proteger a “liberdade de informação e comunicação” e a “liberdade de imprensa”.

O RFI e o France 24 foram retirados do ar em março, depois que o RFI informou sobre supostos abusos de direitos humanos pelo exército do Mali em torno da cidade de Diabaly. O governo do Mali disse que o relatório continha falsas alegações destinadas a “desestabilizar” o governo.

O governo do Mali acusou a França de espionagem, mas não mencionou ou refutou a alegação de que mercenários russos estão trabalhando com o exército maliano.

Fontes