5 de maio de 2019
Singapura - Como é ser mulher em Singapura? Essa pergunta tem tantas respostas quantas são as mulheres que vivem nessa cidade-estado. Para a professora da Universidade Nacional de Singapura (NUS) Anne Pakir é uma questão de esforço e habilidade para se destacar não apenas como mulher, mas como cidadã nesse país altamente competitivo.
Como professora universitária em uma sociedade onde a educação é prioridade, Anne está entre poucas. “Eu fui muito sortuda porque sempre tive apoio da minha família e do meu marido. Eles me ajudaram a fazer o que eu gosto de fazer”.
Ela conta que um estudo mostrou que as mulheres nas universidades da Singapura não chegavam ao topo na proporção que deveriam. Entre essas demandas, ela destaca a maternidade. “A maternidade acaba tirando nosso tempo na pesquisa”, diz.
Atualmente, 35% da população de 18 a 24 anos cursa uma universidade em Singapura. No Brasil, essa porcentagem é 18,1%.
Mulheres no poder
Singapura tem, desde 2017, a primeira mulher presidente, Halimah Yacob. “Eu acho que mulheres no mundo geralmente pensam que existe um teto de vidro que não podem ultrapassar. Na Singapura é uma questão de habilidade, mais do que de gênero, que vai encorajar você a aspirar uma posição de poder”, defende Anne.
Os estudos na Singapura são diários, inclusive nos finais de semana. O nível de cobrança e de estresse é alto. Já no final da carreira, Anne, quer agora, ter tempo para cuidar de si. “Estou muito feliz porque eu vou me aposentar. Eu trabalhei por 48 anos da minha vida, o que é um longo tempo. Eu estou ansiosa para ter mais tempo para mim.”
Fonte
- ((pt)) Mariana Tokarnia. Singapura: mulheres buscam espaço no mundo acadêmico — Agência Brasil, 5 de maio de 2019, às 12h24min
Esta página está arquivada e não é mais editável. |