15 de novembro de 2019
Dez declarações falsas sobre vacinas foram fornecidas a mais de 2.000 entrevistados de todas as regiões do Brasil, e os resultados foram preocupantes conforme a Sociedade Brasileira de Imunologia: mais de dois terços (67%) disseram que pelo menos uma delas era verdadeira.
O estudo foi concluído pela sociedade médica em colaboração com a organização não governamental Avaaz. O questionário foi efetivado pelo Ibope entre os dias 19 e 22 de setembro deste ano.
- 22% afirmaram que todas eram falsas;
- 24% afirmaram incorretamente que "há boa possibilidade das vacinas causarem efeitos colaterais graves";
- 20% disseram incorretamente que "há boa possibilidade das vacinas causarem a doença que dizem prevenir";
- 19% concordaram incorretamente que "mulheres grávidas não podem se vacinar";
- 14% afirmaram que "o governo usa vacinas como método de esterilização forçada da população pobre";
- 12% disseram que "contrair a doença é uma proteção mais eficaz do que se vacinar contra ela";
- 13% não se vacinaram ou não vacinaram os filhos. Entre os motivos estão:
- 38% por falta de planejamento;
- 20% por difícil acesso aos postos de vacinação;
- 24% por medo de ter um efeito colateral grave;
- 18% por medo de contrair a doença através da vacina;
- 9% por notícias vistas na internet.
O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, afirmou que "fica constatado que as pessoas estão recebendo muita informação inadequada, e que essa informação inadequada tem circulado com cada vez maior frequência. Com certeza, é mais um dos motivos que tem impactado as nossas coberturas vacinais".
Fontes
- Vinícius Lisboa. Sete em cada dez brasileiros acreditam em fake news sobre vacinas — Agência Brasil, 15 de novembro de 2019
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