20 de julho de 2006

O mapa assinala a região aproximada onde ocorreram os principais incidentes que deram origem ao conflito.
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Uma semana se passou desde que Israel respondeu a um ataque do Hizbollah na fronteira com o Líbano. Nenhum final imediato para o conflito está à vista. Os israelenses, quer seja pelo ar, mar ou terra investem pesado contra alvos estratégicos no Líbano. O Hizbollah por sua vez ataca com mísseis e foguetes contra a região norte de Israel.

O Primeiro Ministro libanês Fouad Siniora condena os ataques de Israel e diz que eles estão "abrindo as portas de inferno e da loucura". Ele reiterou a posição do governo libanês: clamou para o Hizbollah libertar os soldados israelenses, e pediu para que Israel cesse os ataques, os quais chamou de "desproporcionais".

Porém, um general israelense disse que a ofensiva pode continuar ainda durante muitas semanas. O Primeiro Ministro de Israel Ehud Olmert alegou que os seqüestradores planejavam desviar a atenção do programa nuclear do Irão.

A população civil do Líbano paga o maior preço. Segundo informou-se pelas agências de notícia, cerca de 200 civis foram mortos nos últimos sete dias no Líbano. Em conseqüência do fogo de Hizbollah, pelo menos 24 israelenses foram mortos, inclusive 9 civis que estavam na estação de trem de Haifa. Morreram 30 soldados libaneses antes mesmo de entrar em combate contra unidades israelenses.

As Nações Unidas (ONU) quer que uma força de paz internacional seja colocada na parte sul do Líbano para fazer o Hizbollah parar de disparar mísseis contra Israel. A força atuaria como uma força de estabilização contra ataques de ambos os lados do conflito.

Segundo a ONU, 500 mil pessoas no Líbano saíram de suas casas, forçadas pela violência, que pode culminar num desastre humanitário.

Uma equipe de ONU esteve em Israel na terça-feira (18), para conversar sobre um possível acordo de cessar-fogo. O representante do governo repetiu a exigência dada por Israel para combinar um cessar-fogo: os dois soldados israelenses raptados devem ser libertados e o governo libanês deve colocar suas tropas no sul do Líbano. O Líbano alega que colocar seus soldados nessa região pode desencadear uma guerra civil no país.

Os militantes de Hizbollah dispararam na terça-feira (18) foguetes contra cidades ao norte de Israel. Haifa, Acre, Kiryat Shemona e a região de Gush Halav foram atingidas. Um israelense foi morto. Militantes do Hizbollah fizeram comparações entre os "inimigos israelenses" que eles mantêm presos, sem julgamento, com os prisioneiros da Baía de Guantanamo; segundo eles, uma situação semelhante.

Na terça, caminhões de transporte foram mais uma vez alvejados por aviões de guerra. Segundo Israel os caminhões transportavam mísseis para o Hizbollah. Os militares israelenses dizem que desde o começo do conflito o Hizbollah já disparou 750 foguetes, mísseis ou morteiros.

Centenas de estrangeiros foram evacuadas do Líbano, por intermédio de qualquer transporte disponível. Barcos, helicópteros e ônibus foram usados por vários países europeus e os EUA para transportar os seus cidadãos para fora do país.

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Fontes