Agência Brasil

Brasília • 7 de agosto de 2006

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O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), e o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu, criticaram o governo federal ao comentar a terceira onda de ataques na capital paulista. Desde a madrugada, agências bancárias, ônibus, postos de gasolina e até a sede do Ministério Público estadual sofreram ataques com bombas, granadas ou incêndios.

Ao ser indagado sobre a oferta de ajuda do Exército e da Força Nacional de Segurança na crise de segurança pública, Lembo disse que o governo federal deveria colocar tropas nas fronteiras, de onde partiriam ilegalmente os arsenais que abastecem o crime organizado. "O governo federal deveria ocupar-se muito das fronteiras do Brasil. Eu gostaria muito de ver o Exército e também a Força de Segurança Nacional nas fronteiras brasileiras", disse em entrevista pela manhã na capital paulista.

Já Saulo de Castro Abreu afirmou que os R$ 100 milhões, prometidos pelo governo federal e autorizados por medida provisória em julho ainda não chegaram ao estado. Os recursos foram anunciados para investimento em inteligência e em presídios. "O ministro da Justiça faltou com a verdade quando disse que os R$ 100 milhões, e os R$ 50 milhões para reformar presídios, viriam já", criticou.

O Ministério da Justiça, por meio de sua assessoria, respondeu que os recursos estão autorizados, contudo, segundo a legislação, os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública só podem ser liberados com a apresentação de projetos com especificações de seus gastos. Segundo a assessoria, os recursos de destinam à construção de novos presídios e compra de equipamentos de inteligência, como equipamentos de raio-x e detectores de metais.

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