4 de maio de 2005

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A secretária flores em sua chegada a El Salvador.

A secretária de Estado dos Estados Unidos da América, Condoleezza Rice, chegou a El Salvador, sexta-feira, 29 de abril, depois das 19h, à Base de Comalapa, da II Brigada Aérea de El Salvador, situada a 35 quilômetros da capital San Salvador.

A secretária cumprimenta soldados salvadorenhos que atuaram no Iraque.

Condoleezza Rice veio acompanhada do ministro das Relações Exteriores salvadorenho Francisco Laínez, o qual encontrou-se com a secretária no Chile, durante a Cúpula das Democracias, realizada naquele país.

Como parte das cerimônias de sua chegada, a secretária americana encontrou-se com soldados do Batallón Cuscatlán que serviram no Iraque e agradeceu pela ajuda deles nas operações em território iraquiano. Segundo a BBC, atualmente há aproximadamente 400 soldados salvadorenhos a desempenhar tarefas civis na operação de reconstrução do Iraque. [1]

El Salvador é a última parte da viagem que a secretária empreendeu à América Latina durante o mês de abril.

Encontro com o presidente de El Salvador

 
O presidente Antônio Saca, de El Salvador recebe a secretária de Estado Condoleezza Rice no Palácio Presidencial.
 
O ministro das Relações Exteriores Francisco Laínez cumprimenta a secretária Condoleezza Rice.

A secretária de Estado Condoleezza Rice teve uma reunião com o presidente de El Salvador, Antônio Saca, e o ministro das Relações Exteriores Francisco Laínez. Eles discutiram sobre a segurança no hemisfério, combate ao terrorismo, livre comércio e a Organização de Estados Americanos. A secretária aproveitou também para agradecer pela ajuda do governo salvadorenho às operações de reconstrução do Iraque. [2], [3]

Assuntos discutidos em El Salvador

A secretária de Estado dos EUA Condoleezza Rice, o presidente salvadorenho Antônio Saca e o ministro das Relações Exteriores Francisco Laínez concederam entrevista para a imprensa. Segue abaixo um resumo dos principais tópicos abordados nas entrevistas feitas em El Salvador.

OEA

O ministro salvadorenho das Relações Exteriores Francisco Laínez disse que a Organização dos Estados Americanos (OEA) deve trabalhar no sentido de garantir que os governos eleitos democraticamente, trabalhem de forma democrática. [4]

Um repórter comentou que existe uma divisão entre os países membros da OEA. Os países da América Central estariam mais alinhados com os EUA, enquanto que os países da América do Sul, com governos de esquerda ou centro, estariam a olhar mais para a Europa, não necessariamente em associação com os EUA. Ele pediu à secretária que desse sua opinião.

A secretária disse que não existe problema ideológico nas relações norte-americanas com outros países. Ela disse que o país que governar democraticamente terá respeito e será parceiro dos EUA. Ela citou como exemplos o Chile e o Brasil. [5]

ONU

Um jornalista pediu à secretária para comentar sobre o comitê de democracia das Nações Unidas (ONU). A secretária disse que é necessário garantir que os países democráticos guiem os processos de reforma democrática da ONU. Ela citou como exemplo o Conselho de Direitos Humanos e questionou sobre a validade de países não-democráticos fazerem parte dele. Segundo a secretária, países democráticos são mais responsáveis em questões sobre direitos humanos, tendo em vista que nesses países a imprensa é livre e pode exigir de seus governos mais responsabilidade no trato com questões relacionadas a direitos humanos. [6]

José Miguel Insulza

A secretária elogiou o recém eleito secretário-geral, o chileno José Miguel Insulza. Ela disse que Insulza é uma pessoa que dedicou parte de sua vida para lutar em defesa da democracia e que o Chile é um Estado democrático. [7]

Os EUA apoiavam a eleição do mexicano Luis Ernesto Derbez para o comando da OEA. O presidente venezuelano Hugo Chávez apoiou Insulza. A secretária disse que ambos foram bons candidatos. [8], [9]

Contexto econômico e geopolítico

 
Mapa de El Salvador.

Segundo o livro CIA - The World Factbook, após 12 anos de guerra civil que custaram a vida de 75 mil pessoas, em 1992, o governo e rebeldes da esquerda assinaram um tratado de reformas políticas e militares. O presidente de El Salvador é Elias Antônio Saca desde 1 de junho de 2004.

As políticas do governo estão a agir no sentido de abrir novos mercados, estimular investimentos estrangeiros, atualizar o sistema de cobrança de impostos e modernizar os sistemas de saúde. O governo procura fortalecer a economia e para isso considera importante o Tratado de Livre Comércio das Repúblicas Dominicanas e da América Central (Central America-Dominican Republic Free Trade Agreement-CAFTA).

El Salvador adotou o dólar americano como sua moeda e com isso perdeu controle sobre a política monetária. O governo deve continuar a manter uma política de controle fiscal.

Ver também

Fontes

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