26 de outubro de 2020

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O antigo presidente da UNITA, Isaías Samakuva, pediu ao Presidente da República nesta segunda-feira que dialogue com a direção do principal partido da oposição, depois dos incidentes do sábado, quando a polícia impediu uma manifestação contra o desemprego e a favor da marcação da eleições autárquicas, predendo mais de 100 pessoas.

“Pedi ao Presidente da República que procurasse contatar a direção da UNITA diretamente, é importante que se esclareçam algumas situações”, revelou Samakuva aos jornalistas, a quem confirmou ter pedido a libertação dos detidos.

O antigo líder da UNITA reforçou a necessidade do diálogo para também resolver “aquelas questões que parecem ser polémicas, como a questão das autarquias, por exemplo”.

Para ele é importante que “todas as pessoas saibam de fato o que é que se pretende fazer”.

No momento em que João Lourenço, que não fez quaisquer declarações à imprensa, recebia Isaías Samakuva, os detidos no sábado aguardavam pelo julgamento sumário no Tribunal Províncial de Luanda.

No sábado, a Polícia Nacional (PN) reprimiu a manifestação por considerar que violava o decreto presidencial que impõe um limite à aglomeração de pessoas em meio a pandemia do novo coronavírus.

O secretário de Estado do Interior, Salvador Rodrigues, e a governadora da Luanda, Joana Lima, fizeram declarações em defesa da atuação da polícia.

Já o presidente da UNITA, principal partido da oposição, exigiu a libertação imediata dos presos e acusou o governo de ser "incapaz de respeitar a lei".

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