Brasil • 11 de agosto de 2005

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Cristiano Paz que é sócio do empresário Marcos Valério — suspeito de ser operador do susposto mensalão — prestou depoimento na quarta-feira (10) na reunião conjunta das Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito dos Correios e do Mensalão.

Cristiano Paz disse que cuidava apenas da parte criativa da empresa de Valério (a SMPB) e que não participava da administração. Logo, segundo a sua versão, ele desconhecia a maior parte das atividades do sócio Valério, inclusive as negociações dele com partidos políticos.

Sobre muitos assuntos, Paz repetiu basicamente a última versão apresentada por Marcos Valério durante a reunião da CPI dos Correios na terça-feira (9). Paz, confirmou ter realizado duas reuniões com o então Ministro da Casa Civil, Deputado José Dirceu (PT-SP), e com diretores dos bancos BMG e Rural.

Cristiano Paz afirmou que desde o início de 2004 está desligado da sociedade com as empresas de Marcos Valério: a MG5, DNA, a Multi Action e Grafiti, todas elas envolvidas nas investigações do "mensalão".

Ele disse que a única coisa que sabia sobre os empréstimos que seu sócio fez ao Partido dos Trabalhadores (PT) era que o partido era o beneficiário. Ele alegou não ter conhecimento de detalhes sobre as pessoas que sacaram os recursos. O sócio de Marcos Valério disse ainda não haver irregularidades nos contratos da SMPB com o governo federal e outros órgãos públicos.

Os parlamentares das comissões mostraram-se insatisfeitos com o depoimento de Cristiano Paz. O deputado José Rocha (PFL-BA) disse: Fica difícil para nós chegarmos a resultados importantes nessas inquirições porque existe uma estratégia montada.

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