Agência Brasil

São Paulo, São Paulo, Brasil • 4 de junho de 2009

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A governadora licenciada do Maranhão, Roseana Sarney, apresenta ótimo estado de saúde, segundo o boletim médico divulgado hoje (4) cedo pelo Hospital Albert Einstein. Ela se recupera da cirurgia a que foi submetida ontem (3) para correção de um aneurisma cerebral (dilatação da artéria cerebral).

O boletim informa também que ela está consciente e deve deixar hoje (4) a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ser transferida para o quarto, na continuidade do tratamento. Os médicos ainda não têm previsão de alta.

Essa foi a 21ª cirurgia a que Roseana Sarney se submeteu. A primeira foi aos 19 anos. A cirugia coincidiu na semana em que ela aniversaria, em 1º de junho.

Roseana Sarney assumiu o governo do Maranhão, no último dia 17 de abril, após concluído o processo de cassação do governador Jackson Lago. Durante o período em que permanecer afastada do cargo, é substituída pelo ex-senador e atual vice João Alberto de Souza.

Cassação

No mesmo dia, em Brasília, os diretórios estaduais do PSDB, PT e PSB no Maranhão ajuizaram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recurso em que pedem a cassação do mandato da atual governadora do estado por infidelidade partidária. Os partidos alegam que Roseana se candidatou em 2006 pelo PFL (atual DEM) e ficou na condição de infiel por assumir o governo filiada ao PMDB, após a cassação de Jackson Lago (PDT), decretada em 17 de abril deste ano pelo TSE.

O recurso terá como relator o ministro Ricardo Lewandowski. Os partidos recorrentes também querem que o TSE determine a diplomação e posse do candidato que ficou em terceiro lugar na eleição para o governo estadual, o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Edson Vidigal (PSB), ou marque a realização de novas eleições no estado.

A soma dos eleitores que votaram em Lago e Roseana totaliza mais de 50% dos votos válidos. Em sua argumentação, os partidos citam um voto do ministro Carlos Ayres Britto, segundo o qual "o mandato, mesmo nos cargos majoritários, é titularizado, realmente, pelos partidos que inscrevem os candidatos, e não pelas pessoas físicas que são inscritas em seu nome".

A defesa da governadora, por sua vez, ressalta que o único partido que teria legitimidade para reclamar o cargo seria o DEM. Lembra ainda que, como o PMDB estava na mesma coligação que o PFL na disputa pelo governo do Maranhão, não há que se falar em infidelidade. A troca de legenda por Roseana também ocorreu antes antes da determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o mandato pertence ao partido.

Fontes