11 de janeiro de 2006

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Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), em 2005 foram assassinados pelo menos 63 jornalistas em todo mundo, o número mais alto em 10 anos, dado que apresentou em seu relatório "A liberdade de imprensa em 2005".

O país onde se reportou o maior número de mortes foi o Iraque: 24 no total, 3 das quais atribuídas às forças de ocupação dos Estados Unidos da América. Em seguida na classificação aparecem as Filipinas com 7. Na América Latina quatro jornalistas foram assassinados: um no México, um no Brasil, outro na Colômbia e mais um no Equador.

A organização denuncia que no caso da República Democrática do Congo, Somália e Serra Leoa: "todos os casos continuam impunes, e os assassinos, às vezes conhecidos, não são presos".

As estatísticas apresentadas também indicam um aumento nas agressões e ameaças aos jornalistas, de 1146 em 2004 para 1308 em 2005. Em agosto passado, foi notável o caso de um jornalista colombiano que teve que exiliar-se nos Estados Unidos por causa das ameaças de um ex-congressista vinculado com o narcotráfico, mas ao que parece amigo do atual governo. Por sua vez, a jornalista peruana Bettina Mendoza, da cadeia de rádio CPN, foi agredida pelo embaixador de seu país na Espanha.

Enquanto as detenções caíram de 907 em 2004 a 807 em 2005, as penas de prisão para os jornalistas aumentaram. Os países com maior número de jornalistas presos no cumprimento do dever são: China (32), Cuba (24), Etiópia (17), Eritréia (13) e Birmânia (5).

A internet também foi vítima dos ataques à liberdade de imprensa segundo o relatório da RSF. Em novembro passado, a organização publicou uma lista de 15 países considerados "inimigos da internet". O relatório denunciou as detenções dos chamados ciber-dissidentes na China (62), Vietnã (3), Irão (1) e na Síria (1).

O relatório completo pode ser conferido website da organização.

Fontes