8 de abril de 2008

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O reitor da Universidade de Brasília, (UnB), Timothy Mulholland, disse hoje (8) que não pretende renunciar nem se afastar do cargo. Foi a primeira vez que ele se manifestou desde a ocupação da reitoria, no dia 3, por estudantes que pedem seu afastamento.

Segundo Mulholland, a manifestação dos estudantes é uma retaliação ao processo de inclusão social desenvolvido pela UnB. Ele disse que o aumento do número de vagas para estudantes negros e de baixa renda tem provocado reações contrárias. "Trabalhamos com a diversidade brasileira, mas essas politicas muitas vezes não são compreendidas e não agradam. Há uma reação a isso”.

Sobre os elevados gastos com a decoração do apartamento em que morava, Mulholland voltou a dizer que a decisão foi colegiada, dos conselheiros da Universidade. “Foi um processo institucional e não pessoal”.

"A reitoria está mostrando um esforço grande para chegar até eles. Queremos trabalhar juntos na coletividade que se busca caminhos e se amadurece soluções", diz Mulholland. Ele disse também que pretende atender parte das reivindicações feitas dos estudantes da instituição. Entre as reivindicações que serão atendidas estão a ampliação da universidade, aumento do número de professores, reforma da Casa do Estudante, construção de prédios da UnB em duas cidades-satélites, revisão da relação das fundações com UnB, reexame da escolha do reitor e aumento de vaga para bolsistas.

Ele ressaltou que os estudantes poderão ser responsabilizados por eventuais danos ao patrimônio da UnB, e não descartou a possibilidade de acionar a Polícia Federal para desocupar a universidade.

Mulholland também descartou renunciar ao cargo. "Eu entrei na forma da lei e sairei na forma da lei." Ele também descarta se licenciar, como foi proposto ontem pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), no plenário do Senado Federal. "Não existe essa figura na lei".

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