24 de setembro de 2008

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Presidente Nicolas Sarkozy em Nova Yorque Foto: Ricardo Stuckert/PR/Agência Brasil.

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, defendeu no seu discurso de terça-feira na Assembleia-geral das Nações Unidas em Nova Iorque que esta organização se deve reformar e focalizou a sua intervenção no alargamento do Conselho de Segurança das Nações Unidas, pois segundo este, a reforma deste órgão é mais do que uma questão de equidade, um requisito para um trabalho eficaz.

No mesmo discurso defendeu que há uma necessidade de adaptar ao século XXI as instituições do século passado e prometeu ainda que irá apresentar, em Itália, na próxima reunião do G8, uma proposta no sentido do alargamento do grupo dos países mais industrializados do mundo, isto como consequência da sua intervenção em que referiu que "Não podemos esperar mais para ampliar o Conselho de Segurança. Não podemos esperar mais para transformar o G8 num G13 ou um G14, que inclua a China, a Índia, a África do Sul, o México e o Brasil."

Estas ideias para a reforma das Nações Unidas e o alargamento do Conselho de Segurança das Nações Unidas receberam o apoio da maioria de Chefes de Estado que lideraram as suas Delegações Nacionais à Assembleia-geral deste ano e que fizeram as suas intervenções posteriormente a este, entre os quais Cavaco Silva.

O Brasil como candidato a membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas

Cavaco Silva no seu discurso apoiou claramente as propostas de Presidente Francês e segundo este "Devemos assegurar uma maior representatividade nos órgãos das Nações Unidas e tornar a sua actuação mais transparente", sublinhando que é preciso "garantir o sentido de justiça, para que as decisões sejam aceites por todos" e saudou o consenso para o início das negociações com o objectivo de aumentar o número de Estados membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU sendo este um resultado "a que Portugal tem a honra de ter estado ligado de forma directa".

Aproveitando a abertura verificada para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas este voltou a defender que a mesma inclua o Brasil como membro permanente.

Em reacção, Lula da Silva, referiu que "Também acho importante que o Brasil faça parte do Conselho de Segurança da ONU, como membro efectivo, porque é um país importante e o maior da América do Sul" e lembrou que essa era uma prioridade da política externa do Brasil.

Portugal candidato a membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU para o biénio 2011/2012

Grande parte dos dezasseis minutos do discurso de Cavaco Silva foram para pedir o voto em Portugal, na próxima eleição, para o biénio 2011-2012, dos membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Para este, a candidatura portuguesa a membro não-permanente, deve ser tida "à luz dos princípios e valores das Nações Unidas" como a paz, estabilidade, desenvolvimento sustentável e Direitos Humanos, referindo que "Num mundo globalizado e interdependente, só instituições multilaterais fortes poderão promover os valores fundamentais da paz, da democracia, dos Direitos Humanos e do desenvolvimento sustentável".

Fontes