Sem divisas, importações reduzem.
30 de julho de 2015
A 4ª Região Tributária, com sede no Lobito, viu baixar em 1,13% (por cento) as receitas fiscais e aduaneiras, entre Janeiro e Maio deste ano, por culpa da queda nas importações de bens e serviços.
A região tribuntária, que cobre as províncias de Benguela, Kwanza Sul, Huambo e Bié, arrecadou pouco mais de 18 mil milhões (18 bilhões no Brasil) de kwanzas, cerca de 18 milhões de dólares.
O director Osvaldo Salvador considera que a variação percentual "não foi muito impactante".
“Estou a falar de um registo negativo em 1,13 por cento em relação ao período similar em 2014. A receita global, fruto da situação do país, tem reflexo no pagamento de impostos. Mas, se atendermos ao frenar da actividade económica, acho que não estamos mal”, explica.
Há muito que a escassez de divisas vem atrapalhando os agentes económicos.
O importador Carlos Fonseca, proprietário da Fonseca e Irmãos, no mercado há cerca de 50 anos, diz que “sem divisas para comprar no exterior, e partindo do pressuposto de que Angola não é um país produtor, não há importação”.
Fonseca lembra que “o preço sobe e o consumidor é que paga, apesar de não ser isso que queremos”
Os números dizem que a receita fiscal superou a aduaneira em mais de 60 por cento.
Recorde-se que a Administração Geral Tributária resulta da fusão da Direcção Nacional dos Impostos, do Serviço Nacional das Alfândegas e do Projecto Executivo para Reforma Tributária.
Fonte
- João Marcos. Receitas fiscais caem em Angola — Voz da América, 30 de julho de 2015, 16:05
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