27 de abril de 2022

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A Gazprom da Rússia interrompeu o fornecimento de gás natural na quarta-feira para a Polônia e a Bulgária, o mais recente passo na luta econômica ligada à invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Rússia exigiu que os países europeus, muitos dos quais dependem da Rússia para grande parte de seus suprimentos de energia, paguem pelo gás natural em rublos, a moeda russa.

A Gazprom disse na quarta-feira que a Polônia e a Bulgária não o fizeram e, portanto, terão seus suprimentos de gás suspensos. A Gazprom diz que quatro compradores de gás natural não identificados pagaram à Rússia em rublos e 10 empresas europeias criaram contas em rublos para fazer pagamentos na moeda russa, informou a Bloomberg News.

Autoridades polonesas e búlgaras disseram que o movimento da Gazprom representou uma violação de seus contratos.

O presidente polonês Andrzej Duda disse que o corte de gás russo violou “princípios legais básicos”, enquanto o ministro de Energia da Bulgária, Alexander Nikolov, disse que o gás estava sendo usado como uma "arma política e econômica".

No Twitter, a presidente da Comissão da União Europeia, Ursula von der Leyen, disse: “Não é surpresa que o Kremlin use combustíveis fósseis para tentar nos chantagear. Isso é algo para o qual a Comissão da UE vem se preparando, com Estados membros e parceiros internacionais. Resposta será imediata, unida e coordenada.”

Vários países da UE agiram para diminuir ou eliminar sua dependência da energia russa, inclusive buscando outras fontes e aumentando o uso de energia renovável.

Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia disse na quarta-feira que suas forças realizaram ataques com mísseis durante a noite que destruíram 59 alvos na Ucrânia, incluindo “hangares com um grande lote de armas e munições estrangeiras” enviadas pelos Estados Unidos e países europeus para ajudar os militares da Ucrânia.

A Organização das Nações Unidas disse que tem equipes em Moscou e Kiev que estão acompanhando o acordo “em princípio” que o secretário-geral Antonio Guterres alcançou com o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira, para permitir que a ONU e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha evacuem civis presos na usina siderúrgica Azavstol na cidade portuária sitiada de Mariupol.

O porta-voz de Guterres, Farhan Haq, disse a repórteres que estão ocorrendo discussões sobre a estrutura operacional para a evacuação.

“O que temos ainda é um acordo de princípio; o que estamos tentando fazer é traduzir isso em um acordo detalhado e um acordo no terreno”, disse Haq. “Em última análise, o que queremos é garantir que seja respeitado um cessar-fogo que nos permita transportar pessoas com segurança.”

“Não temos essas condições neste momento”, disse o porta-voz.

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