3 de janeiro de 2006

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A Rússia encerrou suas exportações de gás natural para a Ucrânia, depois de fracassar uma tentativa de acordo sobre os preços. A companhia estatal russa Gazprom iniciou o corte do fornecimento às 7h UTC do domingo (1).

A Gazprom afirma ter realizado esta ação porque a Ucrânia se nega a pagar a taxa do mercado para o combustível, que é aproximadamente quatro vezes maior que o preço acertado anteriormente por as ambas partes. A Ucrânia afirma que não se opõe a um aumento de preços mas crê que o mesmo deve ser introduzido paulatinamente.

Além disso, a Rússia não quer cumprir com um contrato de fornecimento de gás a US$50 por cada 1.000 metros cúbicos até 2008. Em contraste, o gás da OPEC/ custa US$11,4 por cada 1.000 pés cúbicos (em 28 de dezembro de 2005 segundo a MSNBC), equivalente a US$402,6 por cada 1.000 metros cúbicos, 8 vezes mais

Sergei Kupriyanov, porta-voz da Gazprom, disse que ainda estava a ser bombeado gás suficiente através da Ucrânia para manter os fornecimentos a outros países, e que se não todo o gás não era recebido foi por causa da intervenção da Ucrânia. 80% das exportações de gás russo para Europa passam pela Ucrânia. "Temos informação de campo que demonstra que a Ucrânia começou a desviar ilegalmente o gás russo destinado aos consumidores europeus", afirmou.

O ponto de vista ucraniano é que, como a Rússia não vai cumprir com o acordo dos 1.000 metros cúbicos a US$50 até 2008, a Ucrânia, que é um país de trânsito do combustível russo, tem o direito de compensar o incremento ilegal de preços com o embargo dos ativos russos, isto é, o gás que transita pelos oleodutos na Ucrânia. A Rússia já acusou os ucranianos de roubar combustível, mas Kiev nega dizendo que o gás que utiliza atualmente ou vem de suas próprias reservas subterrâneas, ou é importado do Turquemenistão.

Fontes