10 de dezembro de 2024

Abu Mohammed al-Golani, chefe do HTS, deu seu apoio a Mohamed al-Bashir
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O líder rebelde sírio Mohamed al-Bashir fez um pronunciamento televisionado nesta terça-feira (10) dizendo que ele se manterá no poder no país como primeiro-ministro interino até 1º de março.

Ele se torna, portanto, o primeiro chefe de governo do país após a queda de Bashar al-Assad.

Bashir é o chefe do Governo da Salvação Síria, que comandava de fato a província rebelde de Idlib, no noroeste da Síria. A nomeação tem o aval de diversos líderes da oposição, incluindo Abu Mohammed al-Golani, chefe do HTS, e integrantes do regime Assad remanescentes no país, como o primeiro-ministro Mohammed Jalali.

Nascido em 1983 em Jabal Zawiya, na província de Idlib, Bashir é engenheiro de formação. Formado na Universidade de Aleppo, Bashir iniciou seus estudos em engenharia elétrica e eletrônica, mas também fez formações em direito civil e islâmico na faculdade de Idlib, segundo sua biografia.

Trabalhou na companhia nacional síria de gás, mas se juntou posteriormente à administração insurgente em Idlib, onde ocupou o cargo de ministro de Desenvolvimento, antes de se tornar chefe do Governo de Salvação, em janeiro de 2024.

Antes de ser nomeado líder do governo de transição, Bashir era uma figura pouco conhecida entre os sírios fora de sua região natal.

Desafios

Agora à frente de um país, e não mais de uma região rebelde, Bashir terá de lidar com questões mais complexas. Além das diferenças internas dentro da aliança rebelde, outros grupos da sociedade síria buscam se impor.

Bashir apareceu pela primeira vez na segunda-feira (9) fora do reduto rebelde, com barba longa e vestido com terno e gravata.

O novo chefe de governo foi visto em um breve trecho de vídeo de uma entrevista entre o líder da coalizão rebelde, Abu Mohammed al-Golani, e o ex-primeiro-ministro Mohammed al Jalali, para coordenar a "transferência de poder".

Durante o encontro, Golani destacou a experiência adquirida pelas autoridades locais na gestão da região de Idlib. No entanto, ele admitiu a necessidade de que o novo governo integre pessoas experientes da administração anterior.

Fontes

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