16 de outubro de 2023

Daniel Noboa
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Daniel Noboa, que se define como defensor da liberdade empresarial, venceu as eleições de domingo no Equador após derrotar sua adversária, Luisa González, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correia.

Natural de Guayaquil, de 35 anos, herdeiro de um império comercial bananeiro, será o presidente mais jovem da história do Equador.

Filho mais velho do magnata e pentacandidato presidencial Álvaro Noboa e da médica e ex-deputada Annabella Azín, Daniel Noboa herdou não só um legado empresarial, mas também o gosto pela política, embora evite ser enquadrado em qualquer corrente ideológica.

Noboa distanciou-se da retórica de seu pai, optando por focar em propostas para atrair investimento estrangeiro e desenvolver o setor empresarial do Equador, que foram bem recebidas.

Ele prometeu a criação de empregos, especialmente para os jovens, e passou grande parte do tempo de sua campanha visitando universidades. Aproximadamente um quarto dos eleitores do Equador são jovens entre 18 e 29 anos. Noboa disse que “o voto feminino e jovem impulsionou a nossa candidatura”.

Noboa entrou no segundo turno eleitoral num fenômeno que nem os pesquisadores nem seus rivais previram.

Formado em administração pela Universidade de Harvard, Noboa iniciou sua carreira política como legislador em 2021. Aos 18 anos fundou sua própria empresa e depois trabalhou na corporação de seu pai, com uma fortuna estimada em 910 milhões de dólares e um império de 128 empresas em mais de 50 países.

Noboa governará a nação de dezembro até 24 de maio de 2025, quando terminaria o mandato de Guillermo Lasso.

A campanha eleitoral foi marcada pela violência e ameaças aos candidatos, e atingiu o seu auge após o tiroteio do candidato Fernando Villavicencio, em agosto.

A economia do Equador tem lutado para se recuperar após a pandemia do coronavírus, levando a uma onda de criminalidade – que Lasso atribui a disputas entre gangues de traficantes – e a um aumento acentuado na migração.

Noboa se comprometeu a combater a insegurança e o crime, oferecendo-se para criar uma nova unidade de inteligência para confrontar gangues e fornecer armas táticas à força pública.

Ele apresentou a ideia de prender os criminosos mais perigosos do país em navios-prisão offshore.

“Se as coisas estivessem bem, eu ficaria calmo em casa vendo o sol se pôr com meus cachorros, em vez de participar de uma corrida política”, disse Noboa em entrevista à mídia local em agosto. “Meu sonho é ajudar o país.”

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