17 de abril de 2020
As autoridades de Bangladesh anunciaram que resgataram uma traineira que transportava pelo menos 382 refugiados rohingyas depois de 58 dias à deriva no Golfo de Bengala.[1] O barco, que partiu das proximidades de Ukhia e Teknaf, no extremo sudeste de Bangladesh, tentou chegar à Malásia, mas foi impedido devido a restrições ligadas à pandemia de COVID-19.
Após sete dias de navegação nas águas territoriais de Bangladesh, os passageiros finalmente desembarcaram em Baharchara, não muito longe do seu local de partida. Segundo o porta-voz da Guarda Costeira, mais de 30 pessoas pereceram a bordo e seus corpos foram jogados no mar. Várias equipes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados ajudaram os sobreviventes, que estavam "extremamente desnutridos e desidratados", segundo um porta-voz.
Os rohingyas, uma minoria muçulmana do noroeste de Myanmar, são vítimas de uma repressão sangrenta desde 2017, que forçou cerca de 1 milhão de membros a fugir para Bangladesh. No entanto, devido a dificuldades de integração, muitos estão tentando alcançar outros países, como Tailândia ou Malásia. Desde o final de 2019, quase mil refugiados rohingyas foram presos pelas autoridades de Bangladesh enquanto tentavam partir para a Malásia.
Fontes
Esta notícia é uma tradução completa ou parcial de "Bangladesh : 400 Rohingya affamés en mer secourus par les gardes-côtes", proveniente de Wikinotícias em Francês. |
- ((fr)) Agence France-Presse. 32 morts sur un bateau de Rohingyas à la dérive pendant 58 jours [inativa] — TV5Monde, 16 de abril de 2020. Página visitada em 19 de abril de 2020
. Arquivada em 16 de abril de 2020 - ((fr)) Agence France-Presse. Le Bangladesh sauve 400 Rohingya affamés en mer depuis presque deux mois — La Presse, 15 de abril de 2020
- ((en)) Abdul Aziz. 382 Rohingyas return after failing to reach Malaysia by sea — Dhaka Tribune, 16 de abril de 2020
Notas
- ↑ Segundo o artigo da Agence France-Presse publicado pela TV5Monde, o barco levava 396 refugiados, incluindo 182 mulheres e 64 crianças.
Esta página está arquivada e não é mais editável. |