Agência Brasil

Brasília • 19 de dezembro de 2002

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participou hoje em Moscou, de uma entrevista ao vivo com cidadãos russos de todos os pontos do país. Segundo informações da Embaixada da Rússia em Brasília, as perguntas foram selecionadas durante uma semana por uma equipe de operadores da empresa de telefonia credenciada. As questões mais freqüentes e interessantes foram ouvidas e respondidas pelo presidente.

A entrevista foi transmitida pelo canal ORT de televisão, pela rádio Maiak, além de outras emissoras, e pôde ser acompanhada também pela internet. Segundo o adido de imprensa da Embaixada, a experiência é inovadora no país e visa detectar os problemas sensíveis que a sociedade russa enfrenta hoje em dia. Estiveram na pauta da entrevista assuntos internos e externos, incluindo o combate ao terrorismo, o crime organizado, a situação no Oriente Médio e a do Iraque.

De acordo com informações da CNN, mais de um milhão de russos enviaram perguntas para o presidente Vladimir Putin, no segundo programa de televisão que põe o chefe de Estado em contato direto com a população. No ano passado, Putin respondeu a uma série de queixas dos telespectadores, indo desde os baixos salários até a polêmica questão da corrupção policial.

No programa deste ano, a maioria das perguntas girou em torno de problemas como as pensões, os impostos, os salários, a habitação, o sexo na tevê e o consumo de drogas. Além de perguntas recebidas previamente pela produção do programa, Putin respondeu ao vivo a perguntas feitas pelo público em várias regiões russas, a começar pelo extremo oriente.

Putin aproveitou a oportunidade para atacar "mercernários" de fora da Rússia, os quais acusou de desestabilizar o país em nome do Islã. Neste ano, a produção do programa recebeu, ao todo, 1,3 milhão de perguntas, em comparação com as 500 mil de 2001. Durante a entrevista, o presidente disse que o crescimento econômico em 2002 seria "um pouco acima dos quatro por cento" – o que supera a meta de 3,5. Ele ainda acrescentou que a inflação ficará em 15 por cento, um ponto percentual a mais do que o planejado.

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