Moscou • 15 de junho de 2021
Os presidentes dos Estados Unidos Joe Biden e da Rússia Vladimir Putin reunem-e em Genebra na quarta-feira, o seu primeiro encontro desde que Biden assumiu a presidência em Janeiro. O encontro surge numa altura de aumento de tensões que Biden e Putin deverão discutir para encontrar meios de se normlizarem as relações.
Durante às duas décadas que se encontra no poder o presidente Vladimir Putin tem visto presidentes americanos, Democratas e Republicanos prometerem reactivar as relações com Moscovo para depois ver as queixas aumentarem.
Pavel Sharikov do Instituto Canada Estados Unidos avisa que poderá haver dificulades na cimeira.
“A agenda é tão complexa, tão carregada de diferentes questões que é por isso que acredito que o diálogo é preciso mesmo que seja só para dialogar”, disse.
Iniciativa foi de Biden
Foi o presidente Biden quem teve esta iniciativa afirmando que quer colocar as relações entre os Estados Unidos e a Rússia numa base mais estável e previsível.
Mas isso veio depois de o dirigente americano ter apelidado Putin em Março de “assassino” numa entrevisa a uma cadeia de televisão, causando protestos furiosos em Moscou ao mesmo tempo que o Kremlin concentrava dezenas de milhares de tropas ao longo da fronteira com a Ucrânia.
Observadores políticos dizem que estes acotecimentos provam que Putin não pode ser ignorado por Biden como disse o analista política irill Rogov para quem “reunir-se com um assassino só acontece quando para bem da segurança global não h’a outra alternativa”.
Putin já expressou desde então esperança que a reunião de cúpula sirva para normalizar as relações afirmando que espera que a cimiera sirva parase “resolver as relações (que) de momento estão a um nível extremamente baixo”.
Por detrás da animosidade está a irritação americana como a alegada interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 que resultaram em sanções ena expulsão mútua de diplomatas.
Mais recentemente os Estados Unidos acusaram a Rússia de estar por detrás de ataques cibernéticos a infraestruturas americanas outra acusação que Moscovo nega.
Putin precisa da América
Na verdade o Kremlin argumenta serem os Estados Unidos quem interferem, uma acusação que usa para justificar a repressão de dissidentes e de apoiar a repressão contra protestos pró ocidentais em países vizinhos como a Bielorussia.
Ivan Kurilla da Universidade Europeia em São Petersurgo afirmou que “Putin precisa da América como um inimigo para propósitos domésticos, mas, ao mesmo tempo, precisa internacionalmente da América como um parceiro”
Na verdade, às duas partes já mostraram que podem reduzir as diferenças no que diz respeito a questões globais como no controlo de armas, prolongando o Novo Treatado Start de limitação de armas estratégicas nos primeiros dias da administração Biden.
E – caso não, haja qualquer surpresa - muitos vêm um acordo sobre o regresso de diplomatas expulsos como o primeiro passo para se continuar as conversações para além de Genebra para melhores dias no futuro
Fonte
VOA Português. Putin e Biden vão tentar encontrar questões em que possam cooperar — Voz da América, 15 de junho de 2021
Conforme os termos de uso "todo o material de texto, áudio e vídeo produzido exclusivamente pela Voz da América é de domínio público". A licença não se aplica a materiais de terceiros divulgados pela VOA. |
Esta página está arquivada e não é mais editável. |