São Paulo • 22 de maio de 2014

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O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) organizou um protesto que teve como impulso o direito à moradia, levantando alguns pontos atuais, como os gastos da Copa do Mundo em São Paulo. O ato, que aconteceu na noite desta quinta-feira (22) foi chamado de "Copa Sem Povo, Tô Na Rua de Novo!" e começou por volta das 18h, no Largo da Batata, seguindo por avenidas da Zona Sul. Houve um começo de tumulto na altura da Avenida Brigadeiro Faria Lima, em frente ao Shopping Iguatemi, mas os coordenadores do grupo controlaram os manifestantes.

Guilherme Boulos, coordenador do MTST e um dos líderes da ocupação Copa do Povo, fez um discurso do alto do carro de som. "Imagina quantas casas não dava para fazer com o dinheiro dessa ponte?", disse. Ele também criticou o programa "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal. Do seu ponto de vista, o local onde as casas populares do projeto serão construídas tende a empurrar os pobres progressivamente para as regiões periféricas da cidade.

A manifestação acabou logo depois das 21h, na direção das estações Morumbi e Berrini da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, mas Boulos prometeu mais protestos durante todo o mês de junho se as reivindicações do movimento não forem atendidas. Nesta sexta-feira (11), haverá uma audiência no Fórum de Itaquera, da qual participarão os manifestantes e os proprietários do terreno de ocupação chamado Copa do Povo. É um terreno próximo à Arena Corinthians, palco da abertura da Copa, onde existem 2.500 famílias assentadas. O grupo pede a regularização da posse.

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