19 de novembro de 2018

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Jovenel Moise

Milhares de pessoas saíram às ruas do Haiti nesse domingo (18) para participar de um novo protesto nacional contra a corrupção e a impunidade, que deixou pelo menos dois mortos e vários feridos. Os grupos de opositores também aproveitaram o protesto para pedir a renúncia do presidente haitiano, Jovenel Moise.

O protesto coincidiu com a comemoração do 215º aniversário da batalha de Vertières contra as tropas francesas, que levou à independência do país. Os atos aconteceram na capital, com a presença do presidente, que não viajou para Cabo Haitiano, local do confronto.

Em mensagem transmitida pela televisão, após colocar uma coroa de flores no museu do Panteão Nacional, Moise fez um apelo ao diálogo.

"É com a união, a paz e o diálogo que poderemos avançar", disse o presidente, cuja renúncia é reivindicada por alguns grupos da oposição, aproveitando esta ação de protesto.

O líder opositor Moise Jean Charles afirmou que só com a saída do presidente do poder haverá um julgamento do caso Petrocaribe.

"Jovenel tem que sair, não há outra opção. Ele é um obstáculo para a estabilidade e a paz. Ele e os seus amigos gastam milhões de dólares, quando estamos vendo que outros estão morrendo de fome. Não é possível que siga como presidente, e vamos continuar com as mobilizações até que ele vá embora", afirmou Charles.

Para um dos manifestantes, Jean Cinesatre, "com milhares de pessoas nas ruas todos podem ver que o presidente perde sua credibilidade."

"Isto é uma revolução da juventude que quer que as coisas mudem rapidamente, começando pelo presidente, que não quer lutar contra a corrupção", disse à Agência EFE.

Fonte