18 de novembro de 2022

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A origem do míssil que caiu na terça-feira em uma cidade do sudeste da Polônia e que matou duas pessoas continua em meio ao cruzamento de opiniões entre os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Ucrânia, Volodymyr Zelenzkyy. "Não tenho dúvidas de que não foi nosso míssil", disse o presidente Zelenzkyy na quarta-feira, um dia após o incidente, na televisão ucraniana. "Com base em nossos relatórios militares, acho que foi um míssil russo", alertou.

Nesta quinta-feira Biden questionou as afirmações do líder ucraniano. “Não é isso que as evidências indicam”, disse Biden a repórteres na Casa Branca ao retornar da viagem à Indonésia.

O Ministério da Defesa da Rússia negou na terça-feira sua responsabilidade no ocorrido.

A declaração de Biden seguiu comentários do chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e líderes poloneses de que a explosão de 15 de novembro provavelmente foi causada por um míssil de defesa aérea ucraniano. "De acordo com as informações que nós e nossos aliados temos, era um míssil S-300 de fabricação soviética, um projétil antigo, e não há evidências de que tenha sido lançado pelo lado russo", disse o presidente polonês Andrzej Duda. "É muito provável que tenha sido disparado pela defesa antiaérea ucraniana."

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, também sugeriu que fosse um míssil de defesa aérea de Kiev disparado para interceptar ou derrubar mísseis. Stoltenberg, no entanto, acabou culpando a Rússia e não a Ucrânia, argumentando que Moscou começou a guerra. "Isso não é culpa da Ucrânia. A Rússia tem a responsabilidade final ao continuar sua guerra ilegal contra a Ucrânia", disse Stoltenberg a repórteres na sede da Otan em Bruxelas, Bélgica.

Após o lançamento do projétil, alguns dirigentes chegaram a invocar o artigo 4º do Tratado da OTAN, passo anterior à possível tomada de ações militares sob o preceito de defender cada centímetro do território da aliança transatlântica.

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Fontes