14 de abril de 2022

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A produção de petróleo bruto da Venezuela caiu 7,6% no mês passado em relação à produção de fevereiro, segundo informações fornecidas pelo governo de Nicolás Maduro à Organização dos Países Exportadores de Petróleo, OPEP.

As autoridades venezuelanas especificaram à agência que, em média, sua produção em março foi de 728 mil barris de petróleo bruto por dia. Esses números representam uma queda de 60.000 barris por dia em relação aos números oficiais em fevereiro, de 788.000 barris por dia.

Fontes secundárias da Opep, incluindo analistas, empresas e institutos independentes do setor de petróleo, informaram que a Venezuela bombeou 697.000 barris de petróleo por dia em março, em média. Esse número é ligeiramente superior (1,1%) ao registrado em fevereiro de 2022 (689 mil barris por dia).

Os números da produção da indústria petrolífera venezuelana vêm semanas depois que uma delegação de alto nível do governo dos EUA se reuniu com o presidente Nicolás Maduro em Caracas para discutir a possibilidade de relaxar as sanções no setor.

Reportagens da imprensa revelaram uma viagem de funcionários dos EUA a Caracas no início de março. A visita foi liderada por Roger Carstens, enviado especial do presidente para assuntos de reféns; Jaun González, assessor para assuntos hemisféricos do Conselho de Segurança Nacional; e James Story, embaixador dos Estados Unidos na Venezuela, país que foi o maior exportador de petróleo da região para os Estados Unidos no início do século.

O próprio Maduro confirmou publicamente a reunião e assegurou que as conversas foram “respeitosas e diplomáticas.” Afirmou ainda que o seu país está preparado para “recuperar a produção” de petróleo bruto para um, dois ou três milhões de barris por dia, o que especialistas independentes questionam.

Analistas interpretaram a reunião de Maduro com os delegados dos EUA como uma tentativa mais pragmática de Washington de retomar as negociações com países considerados autocráticos que podem estar reconsiderando seus laços com a Rússia após o início da guerra na Ucrânia.

A Venezuela, estimada como o país com as maiores reservas de petróleo do mundo, continua sendo o maior aliado da Rússia na América Latina, com cooperação que vai desde a diplomática, econômica e energética até a militar.

Fontes