18 de agosto de 2024

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A principal agência policial da Índia, o Central Bureau of Investigation (CBI), assumiu na quarta-feira passada a investigação sobre o brutal estupro e assassinato de uma jovem médica de 31 anos e Calcutá. O caso provocou indignação nacional e motivou protestos generalizados e greves.

Na segunda-feira, milhares de médicos marcharam em toda Bengala Ocidental para protestar contra o assassinato. Eles exigiram justiça para a vítima, encontrada numa sala de um hospital de Calcutá em 09 de agosto passado, e mais segurança nos hospitais.

Os protestos se espalharam por todo o país na terça-feira, interrompendo serviços hospitalares em várias cidades indianas. Mais de 8.000 médicos de hospitais e serviços de saúde públicos pararam, exceto nos serviços de emergência. Em Nova Déli, médicos protestaram em frente a um grande hospital do governo, segurando cartazes que diziam: "médicos não são sacos de pancadas", de acordo com a Reuters.

As autoridades prenderam um voluntário que trabalhava na Polícia local em conexão com o crime, mas os pais da vítima, que preferem que o nome da filha não seja divulgado, entraram com uma petição judicial para que se investigue se ela foi vítima de um estupro coletivo.

País menos seguro para as mulhere em todo mundo

A violência sexual contra mulheres é um problema sério na Índia e em 2022, houve quase 90 estupros reportados diariamente no país de 1,4 bilhão de pessoas. Autoridades, no entanto, creem que o número esteja subnotificado.

Segundo um estudo conduzido pela ONU em 2018 com todos os países-membros, a Índia está em 1º lugar geral do ranking, com uma epidemia de violência sexual contra as meninas e mulheres.

Um dos casos mais conhecidos e que ganhou as manchetes mundiais foi o estupro coletivo e morte de Jyoti Singh Pandey em 2012 em Nova Déli. Ela viajava à noite de ônibus com um amigo quando foi atacada por um grupo de homens, incluindo o motorista, que estavam no veículo. Eles usaram uma barra de ferro para agredir a mulher e o homem. Ele sobreviveu, mas ela faleceu dias depois no hospital.

Referências

editar

Fontes

editar
  • Estes são os piores países do mundo para mulheres — Exame, 26 de junho de 2018  
  • Doctors strike across India to protest rape and murder of trainee medic — CNN, 13 de agosto de 2024  
  • Indian police take over homicide case that sparked doctor strike — VOA, 14 de agosto de 2024