Agência VOA

Saad Hariri fez a declaração na Arábia Saudia afirmando haver uma conspiração para o assassinar. Irão rejeita acusações

4 de novembro de 2017

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Numa decisão que poderá exacerbar as tensões no Líbano e na região, o primeiro ministro do Líbano, Saad Hariri, anunciou a sua demissão acusando o Irão de querer controlar o país e de estar em perigo de vida.

Hariri fez a surpreendente declaração a partir da Arábia Saudita e disse haver um plano secreto para o assassinar, acusando ainda o Irão e os seus aliados do grupo xiita libanês Hezbollah de quererem ter a hegemonia na região.

O dirigente libanês disse que o Hezbollah é uma organização controlada pelo Irão não só no Líbano mas noutros países árabes.

Ele acusou ainda ao Irão de “criar um estado dentro de um estado ... ao ponto de ter a última palavra de como é governado o Líbano”.

O Hezbollah é um aliado vital do presidente sírio Bashar al Assad na guerra civil na Síria.

É por outro lado a única organização que manteve uma ala armadas apos a guerra civil de 1975 a 1990 no Líbano e o seu poderio militar é agora considerado superior ao do exército libanês.

O Irão rejeitou entretanto as acusações de Saad Hariri afirmando que não têm qualquer fundamentos e “têm como objectivo criar tensões no Líbano e na região”.

O pai de Saad Hariri, Rafik Hariri foi assassinado em 2005 em um atentado terrorista que vitimou dezenas de pessoas. O atentado foi estopim para os protestos pela a retirada do Exército sírio no Líbano, ocorrida no mesmo ano, que estavam no país desde que interveio na guerra civil em 1976.

Fontes