28 de julho de 2024

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, visitará a China de sexta a terça-feira para uma viagem que, segundo analistas, visa reparar a ruptura causada pela retirada de Roma no ano passado da Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI) da China, um plano global de infraestrutura e transporte às vezes chamado de Nova Rota da Seda.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse na quinta-feira que, durante sua viagem, Meloni conversará com o presidente chinês, Xi Jinping, o primeiro-ministro Li Qiang e o presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo da China, Zhao Leji.

O presidente italiano, Sergio Mattarella, planeja visitar a China em outubro. Analistas dizem que as viagens mostram que Roma espera reparar as relações danificadas quando a Itália se tornou o primeiro país a sair da BRI desde que foi lançada em 2013.

Meloni há muito critica a parceria, chamando a decisão de ingressar na BRI de um "erro grave" que não trouxe os benefícios econômicos prometidos à Itália.

A Itália é o quarto maior parceiro comercial da China na União Europeia, e a China é o maior parceiro comercial da Itália na Ásia, com comércio bilateral de US$ 80 bilhões, principalmente exportações chinesas para a Itália.

Dados italianos mostram que as exportações para a China atingiram quase US$ 18 bilhões em 2022, de US$ 14 bilhões em 2019, enquanto as exportações chinesas para a Itália quase dobraram durante o mesmo período, de mais de US$ 34 bilhões para mais de US$ 62 bilhões.

Apesar das críticas de Meloni à BRI, a mídia estatal chinesa Global Times sugeriu na quinta-feira que a retirada da BRI não refletia suas próprias opiniões.

Fontes

editar