Argentina • 30 de outubro de 2007
Em sua primeira entrevista depois de ter sido eleita presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner defendeu a ampliação do Mercosul, sem citar os nomes dos novos países que poderiam integrar o bloco.
Cristina destacou a importância da integração energética da região como saída frente à alta do preço do petróleo.
"Não seria estranho que o preço do barril do petróleo chegue a US$ 100. Por isso, a equação energética da América Latina é fundamental", disse Cristina em entrevista ao jornalista Joaquín Morales Solá.
A presidente eleita afirmou que a Argentina "voltou" para a América Latina durante a gestão do atual presidente, seu marido Néstor Kirchner.
"Nós voltamos à casa", disse. "E queremos aprofundar essa relação com a América Latina. Mais força, mais identidade, mais complementaridade entre nossas economias para nos relacionarmos com outros blocos."
Segundo Cristina, a Argentina tinha "saído de casa", achando que era "sócia dos grandes".
"O peso de um país não se define porque um líder se afinou com esse ou aquele bloco. O peso de um país tem a ver com seu peso econômico e com o que ele representa em sua região geográfica de influência", disse.
Na entrevista, a presidente eleita fez um balanço da sua vitória nas urnas, destacando que foi a diferença mais ampla entre o primeiro e o segundo colocado desde a volta da democracia ao país, em 1983.
Ver também
Fontes
- BBC Brasil. Em 1ª entrevista, Cristina defende ampliação do Mercosul — Folha online, 30 de outubro de 2007