Agência VOA

Localização de Madagascar.

17 de março de 2009

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Dois blindados, apoiados por tropas, assumiram o controle do palácio presidencial em Antanarivo, a capital de Madagascar, pouco depois do Exército ter se declarado a favor do líder da oposição, Andry Rajoelina, que exigia, na véspera, a demissão do presidente Marc Ravalomanana.

Segundo agências internacionais, o presidente entregou o cargo a um almirante da Marinha malgaxe, Hyppolite Ramaroson, militar mais antigo do país, cedendo à pressão de três meses de intensos protestos da oposição, que o acusa de desvio de dinheiro público e de violar a Constituição.

O ex-presidente Marc Ravalomanana

Alguns oficiais do exército expressaram simpatia por Rajoelina, mas disseram que não vão interferir na crise. O chefe do exército disse, no domingo, que a sua principal prioridade e restaurar a ordem. A confrontação começou há vários meses, quando o governo malgaxe encerrou uma estação de rádio pertencente a Rajoelina, depois de ter acusado o presidente Ravalomanana de corrupção e autoritarismo. Mais de 100 pessoas foram mortas na crise política, que tem prejudicado o turismo e o investimento estrangeiro em Madagascar.

O líder opsicionista Andry Rajoelina.

A União Africana reuniu, na segunda-feira, de emergência na Etiópia. O bloco tem marcado para o final deste ano a sua cúpula anual em Madagascar. O secretário-geral da União Francófona, o antigo presidente do Senegal, Abdou Diouf, enviou um representante especial a Madagascar para mediar a confrontação política. A Organização das Nações Unidas, que enviou também um representante especial, expressou preocupação sobre a crise. Governos ocidentais indicaram que qualquer tomada de poder inconstitucional levaria a um corte da ajuda.


Fontes