19 de novembro de 2010
O presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, afirmou que não vai renunciar ou entregar o cargo aos, segundo ele, “20 militares dissidentes” que tentaram tomar o poder anteontem (17). O presidente disse não ter medo de ameaças e que jamais deixou de ter o controle sobre as Forças Armadas ou o governo.
Durante a votação, o coronel Charles Andrianasoavina disse aos jornalistas que um grupo de militares teria derrubado o presidente. Mas a calma se manteve nas ruas e a votação prosseguiu normalmente. À noite, o primeiro ministro Camille Vital foi à TV com vários oficiais para denunciar o que chamou de motim. Segundo ele, o governo funciona normalmente.
A polícia entrou em choque com manifestantes e usou bombas de gás para dispersar um protesto que fechou as ruas próximas ao local onde estão os militares amotinados. Um dia depois, as ruas de Antananarivo estavam calmas, sem qualquer sinal de anormalidade.
Os três principais partidos de oposição de Madagascar boicotaram a votação desta quarta-feira. A nova constituição não impõe limite aos mandatos presidenciais e reduz a idade mínima para ser presidente de 40 para 35 anos. Andry Rajoelina, o atual presidente, tem 36.
Ele próprio chegou ao poder em um golpe de Estado, em março do ano passado. A União Africana não reconheceu o governo dele e vários doadores internacionais suspenderam o envio de auxílio.
Fontes
- Eduardo Castro. Presidente de Madagascar diz que não vai entregar o cargo a militares — Agência Brasil, 18 de novembro de 2010
- Efe e Folha de São Paulo. Diante de tentativa de golpe, premiê de Madagáscar pede calma aos militares — Folha Online, 17 de novembro de 2010
- Alain Iloniaina. Com motim, cresce pressão sobre presidente de Madagáscar [inativa] — Reuters, 17 de novembro de 2010. Página visitada em 19 de novembro de 2010
. Arquivada em 5 de março de 2016
A versão original, ou partes dela, foram extraídas da Agência Brasil, sob a licença CC BY 3.0 BR. |