1 de setembro de 2020

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O presidente francês Emmanuel Macron iniciou sua viagem a Beirute com um encontro com Fairuz, uma das cantoras mais famosos do mundo árabe, cuja voz se tornou um símbolo para o Líbano durante seus conflitos e traumas recentes.

A raiva da sociedade libanesa devido a crise econômica e o devastador bombardeio no porto foi perceptível quando Macron chegou à casa da artista de 85 anos.

Os manifestantes se reuniram do lado de fora da casa com cartazes que dizia "Não fique no lado errado da história!". Alguns gritaram "Não Adeeba", referindo-se ao novo primeiro-ministro do país, Mustafa Adeeba, que foi nomeado para o cargo sob pressão francesa.

Ao sair, Macron parou para falar com os manifestantes. “Eu dei a ela (Fairuz) um compromisso, assim como eu dou a vocês o compromisso esta noite de fazer tudo para que as reformas possam ser implementadas e que o Líbano tenha um futuro”, disse.

Esta é a segunda visita de Macron a Beirute para insistir na criação de um novo governo não associados a corrupção, capaz de erradicar o suborno e a negligência, bem como reconstruir após a explosão de 4 de agosto.

Macron descreveu seu encontro com Fairuz como "muito bonito, muito forte". A cantora raramente se apresenta em público, mas suas canções são tocadas de Rabat, no Marrocos, a Bagdá, no Iraque.

Fairuz era admirado por outros presidentes franceses. François Mitterrand concedeu-lhe a Ordem das Artes e Letras em 1988 e Jacques Chirac concedeu-lhe a Ordem da Legião de Honra em 1998.

Fairuz, nascida Nouhad Haddad, apareceu pela primeira vez na televisão europeia em 1975 em um programa francês. Durante a guerra civil, Fairuz fez turnês no exterior, realizando apenas um show no Líbano.

Fontes