Agência Brasil

13 de novembro de 2008

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A política de imigração cada vez mais restritiva na Europa foi um dos assuntos discutido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o papa Bento XVI, em audiência reservada na manhã de hoje (13), no Vaticano.

O presidente Lula disse que considera injusta a política aprovada pelo Parlamento Europeu, que tem como um dos pontos a repatriação de imigrantes. “Discuti com ele a questão da migração, da legislação que está sendo aprovada na Europa, que é injusta”, disse Lula.

O presidente citou a política brasileira de imigração como exemplo a ser seguido pela Europa. “Disse ao papa como o Brasil sabe tratar com imigrantes. Até porque nós estamos recebendo imigrantes há muitas décadas, há muitos séculos, e nós vivemos bem. Temos alemães, italianos, japoneses, portugueses, judeus, bolivianos, uruguaios e argentinos. No Brasil nós aprendemos a viver em harmonia. O que nós queremos é que o mundo trate os imigrantes como parceiros”, afirmou.

De acordo com Lula, se os europeus não querem a presença dos imigrantes, devem ajudar os países mais pobres.

Se não querem que africanos venham pra cá [Europa], se não querem que latino-americanos vão para os Estados Unidos, a melhor forma é ajudar esses países a se desenvolverem. Por isso é que nós implantamos a Embrapa na Africa, a Fiocruz em Moçambique. Nós queremos ajudar esses países a se desenvolverem, serem detentores de conhecimento tecnológico e a melhorarem de vida”, defendeu Lula.

O presidente disse que o papa concordou com seu posicionamento em relação a imigração.

Em junho último, o Parlamente Europeu aprovou um polêmico conjunto de regras, entre elas, políticas de repatriação de imigrantes nos 27 países da União Européia. As regras estão previstas para entrarem em vigor em 2010.

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