Tribuna do Ceará

A ideia é que Fortaleza se mobilize para formar uma grande frente de ajuda aos refugiados, tanto na questão do abrigamento, quanto em aspectos de segurança alimentar

8 de setembro de 2015

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Uma campanha de mobilização humanitária para oferecer apoio a refugiados de guerra foi iniciada nesta terça-feira (8) pela Prefeitura de Fortaleza, em conjunto com instituições e entidades do setor produtivo, igrejas, consulados, veículos de comunicação e membros da comunidade fortalezense. O sentido é o de garantir uma grande ação solidária, fraterna e humanitária para amparar refugiados.

O prefeito Roberto Cláudio discutiu com entidades como Federação das Indústrias, Câmara de Dirigentes Lojistas, igrejas católica e evangélica, OAB e Cruz Vermelha, por exemplo, formas de prestar solidariedade aos refugiados, com a disposição de Fortaleza receber cerca de 50 famílias. A ideia é que Fortaleza se mobilize para formar uma grande frente de ajuda aos refugiados, tanto na questão do abrigamento, quanto em aspectos como garantia de qualificação profissional e segurança alimentar.

A ideia surgiu após a comoção mundial da foto do corpo de um menino sírio em uma praia turca na última semana. “É a cidade de Fortaleza que está se mobilizando em um momento de muita dor, comoção internacional, de um fato que chocou a todos nós. Isso exige uma resposta prática de solidariedade, de amor ao próximo e de respeito de todas as cidades do mundo e é isso que Fortaleza está fazendo com representantes de diversas instituições. Vamos enviar uma carta ao Ministério da Justiça para nos colocar à disposição para acolher até 50 famílias. Este é um gesto pequeno, simbólico, que não vai atrapalhar em nada a prestação de serviços que estas instituições públicas e privadas já fazem”, explicou o prefeito Roberto Cláudio.

Outra decisão é que, nos próximos dias, uma comissão esteja reunida com o Ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, em Brasília, para colocar Fortaleza à disposição para receber estas famílias. “Vamos fazer isso sem abrir mão do que fazemos para os fortalezenses, sem abrir mão de nenhuma ação ou projeto social”, disse Roberto Cláudio.

Para o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Salmito Filho, “esta iniciativa de solidariedade é a essência do ser humano”. Já o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Beto Studart, comentou que a iniciativa privada dará todo o apoio necessário para que os refugiados consigam colocação ou até mesmo qualificação profissional para inserção no mercado de trabalho.

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